Percival Puggina
É normal que os eleitores do presidente da República se sintam desconfortáveis com o TSE. Há razões para isso nas reiteradas ações e manifestações dos ministros indicados pelo PT. Elas vêm em desabono e antagonismo ao Chefe de Estado e agora, na retórica do ministro Edson Fachin, também contra as Forças Armadas.
Uma das tarefas mais relevantes durante a campanha eleitoral envolve pendengas relativas à propaganda. Deliberar sobre essas questões é tarefa habitualmente confiada aos ministros substitutos oriundos da advocacia após uma peneira da categoria, do STF e da escolha final pelo presidente da República. Em 27 de abril, toda a imprensa divulgou que a cúpula do TSE pretende excluir dessa função quem ele venha a indicar...
Se os ministros indicados pelos governos petistas não atribuem crédito aos que venham a ser indicados pelo presidente da República, por que deveriam os eleitores deste dar crédito aos indicados pelo seu adversário no futuro pleito? Para uma parcela expressiva da sociedade, tudo parece ser o oposto daquilo que os senhores ministros dizem.
Também isso aumenta um mal estar que tem antecedente importante. A “pressão” que o ministro Fachin, em recente pronunciamento, disse não aceitar, venha de onde vier, não encontrou simetria quando o próprio tribunal, ainda presidido pelo ministro Roberto Barroso, foi ao Congresso para intervir, horas antes da sessão em que seria votada e aprovada pela CCJ a adoção da impressora de votos nas eleições de outubro vindouro. Como consequência, líderes de vários partidos substituíram membros da Comissão, ou para ela indicaram deputados contrários à medida, revertendo na caneta o resultado da votação.
Por fim, intransigência não é expressão de convicção, nem de razoabilidade; a surdez à opinião pública não é uma característica da democracia; arcaicas e carunchosas impressões ideológicas sobre as Forças Armadas não deveriam ter lugar em descomedidas manifestações públicas de membros do Poder Judiciário em temas da atualidade; uma sucessão de erros não tem preço no mercado de acertos; invisibilidade não é sinônimo de transparência.
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Paulo Antônio Tïetê da Silva - 20/05/2022 19:12:59
Para tristeza dos atuais embros do SF, Lúcio Costa, quando planejou Brasília, deveria ter previsto a construção uma elevação artificial, para que Oscar Niemeyer lá colocasse um uma obra com colunas gregas, e a placa "Palácio do Olimpo do Brasil".Adelina de Arruda Winter - 20/05/2022 14:18:07
Puggina, suas ideias são de uma claridade merididiana. Amo ter a oportunidade de poder lê-las. Deus o abençoe.Afonso Pires Faria - 17/05/2022 09:41:51
É revoltante ter que lutar contra esta gente. Eles não podem alegar ignorância. Sabem exatamente o mal que estão fazendo e não param. Pior. Avançam. Onde e quando vão parar não sei. Haverá choro e ranger de dentes. Por parte de quem é que fica a dúvida. Parabéns professor.EDISON FRANCA - 17/05/2022 07:27:04
Alguns ministros do supremo eram mais comedidos no seu ativismo político, agora, esta escancarado, vergonhosamente ! Não sei no que vai dar tudo isso, acho que dias negros nos esperam se o atual presidente não se reeleger. Tudo esta ficando fora do controle, com a bandidagem tomando conta das grandes cidades e a polícia, infelizmente, não por culpa sua, enxugando gelo.Menelau Santos - 16/05/2022 16:45:14
Toda vez que a noticia começa com "O STF determinou que..." ou "O TSE determinou que..." já sei que são coisas absurdas, incompreensíveis, ideológicas, tirânicas, imbecis, contrário ao Presidente Bolsonaro, contra o bom-senso e contra o país.Décio Antônio Damin - 16/05/2022 14:58:33
Quem se refere à violabilidade das urnas eletrônicas, com assiduidade impressionante é o próprio Bolsonaro que procura, a todo custo, afrontar o STF e o STE...! Acredito que para os seguidores dele estas alocuções possam parecer cheias de boas intenções e que jamais houve por parte dele qualquer elogio a nossa pretérita e última ditadura...! Por que ele não para de falar sobre isso? É para manter a dúvida sobre a lisura do sistema que diz ser fraudulento, mas que jamais, mesmo com o auxílio de representantes das Forças Armadas, jamais conseguiu provar?É , quem sabe, para atiçar uma revolta militar, se for derrotado? Acho lamentável bater e bater nesta tecla...! É para mim, clara e insofismável a adequada resposta do Ministro Facchin, mas, tenho também a certeza que Bolsonaro continuará nesta tecla pois não escuta ninguém...! E mais... vai acabar trocando ministros e presidente da Petrobrás para mostrar que não o deixam baixar o preço dos combustíveis como é seu desejo ao governar...Pedro Ubiratan Machado de Campos - 16/05/2022 10:42:22
Para as forças desalmadas precisamos das Forças Armadas!Alcemar de Godoi - 16/05/2022 09:50:24
Alguém precisa dar fim aos atos ditatoriais dos membros do STF e TSE , sob pena de em breve termos todos direitos subtraídos por esses malfeitoresEnilda Dias Ferreira - 16/05/2022 07:41:38
Nada é invisível no TSE ou no STF. Fazem questão de mostrar aos Chefes deles que merecem os privilégios desonestos que recebem dos bandidos que os colocaram lá. São membros das mesmas gangues.eugenio - 15/05/2022 02:03:05
DEUS NÃO VOTA MAS FISCALIZA! Estarrecidos com a camuflagem e escamoteamento da ação de hacker nos programas do STE,violação, e criminosa,nos perguntamos: Quantos deputados e senadores foram eleitos nestas urnas violadas e sistema invadido? Bolsonaro GANHOU APESAR DE PODER TER SIDO ROUBADO PORQUE TEVE UM TSUNAMIcarlos edison domingues - 14/05/2022 22:38:46
PUGINA ! Quando um Ministro do S.T.F., Roberto Barroso, sai de sua cadeira e vai à Câmara de Deputados para comunicar ao Poder Legislativo que "eleição não se ganha, eleição se toma " e os representantes do povo estendem o rabo para ser pisado pelo visitante, qualquer acontecimento se pode esperar. Os onze Ministros colocaram três, como boi de piranha, para avaliar as consequências das suas decisões ridículas. A campanha das que desejamos um futuro com liberdade, trabalho e progresso tem que adquirir musculatura, especialmente, nas ruas e nos automóveis. Carlos Edison Domingues O.A.B.RS nº 3.626Agapito Conz - 13/05/2022 17:50:38
Sobre a honestidade das eleições, tenho um depoimento: Nos idos de 1976 participei da política aqui em Flores da Cunha - RS. Os líderes políticos da época diziam: GANHA A ELEIÇÃO QUEM CONTA OS VOTOS. Será que hoje vale a mesma lógica?Pedro G. Franzon - 13/05/2022 15:32:14
Não há a mínima possibilidade de fraudarem as eleições vindouras na tal "Sala Secreta"do TSE. Imagino que se isso acontecer - diante das inúmeras manifestações - favoráveis ao Bolsonaro, haverá terremotos de indignação nos quatro cantos do Brasil.