Vai passando batida mais uma Semana da Pátria. São poucas, fora dos círculos militares, as manifestações de celebração a esse marco temporal de nossa nacionalidade. Mas não escrevo para pedir que as pessoas, que os lares e que as vitrinas se enfeitem de verde e amarelo. O objetivo deste texto é bem diferente. É um apelo aos brasileiros, de modo especial aos que amam a pátria e se sentem responsáveis por ela.
Escrevo para muitos, portanto. Aproveitemos esta semana para refletir sobre o que tantos conterrâneos continuam a fazer. Por vocação e gosto desejam prosseguir na faina que acabou por transformar o Brasil numa casa de tolerância, desavergonhada como raras vezes se viu igual. Uma casa de tolerância tão avessa à ordem que não se perturba com vê-la entregue aos criminosos. Que conta bandidos mortos e não conta policiais perdidos em combate. Que fala mal do Brasil para o mundo e faz palco a todo estrangeiro que venha fazer o mesmo aqui dentro. Casa de tolerância que aplaudia e hoje reverencia o gangsterismo político e o crime que por tanto tempo operou nos altos andares da República. Casa de tolerância de um banditismo deslavado e sorridente, de uma elite rastaquera e debochada, que conta dinheiro e votos como se fossem a mesma coisa. E festeja toda impunidade.
Já não lhes basta a própria corrupção. Dedicam-se, há bom tempo, à tarefa de corromper, aos milhões, o próprio povo, desde as mentes infantis. São milhões e milhões que já não se repugnam, que desconhecem constrangimento, que não reclamam e, pior, se proclamam devotos. Aplaudem.
Não é apenas no plano da política que a nação foi sendo abusada e corrompida. Também nos costumes, no desprezo à ética, à verdade e aos valores perenes. No pior dos sentidos, foi arrastada nesse rumo uma nação debilitada pela pobreza. Incitaram o conflito racial em um povo mestiço desde os primórdios. À medida que Deus foi sendo expulso, à base de interditos judiciais e galhofas sociais, instalou-se, no Brasil, a soberania do outro.
Recebemos de Deus e da História um país esplêndido. No lugar onde hoje emergimos de qualquer mergulho nos acontecimentos das últimas décadas é impossível não perceber que às ações de agora correspondem reações contrárias, empurrando-nos precisamente para os embaraços dos quais quisemos sair e saímos.
Nosso dever cívico não tem data nem prazo de validade. São tempos para não esmorecer, tempos para que não tombem nossos braços nem nos falte o indispensável alento para o convívio livre e democrático com a divergência, conhecendo os valores que abraçamos e confirmando, sempre, nossa confiança nos frutos da verdade, da dignidade e da liberdade.
Feliz Semana da Pátria, de uma pátria mais feliz consigo mesma!
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* Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Francisco Cerva - 16/09/2019 09:26:27
Bom dia Prezado Mestre. A clareza, a honestidade e o amor à PÁTRIA que o Senhor transmite, me deixa muito orgulhoso e também envergonhado pelos anos que nos deixamos manipular pela mídia podre traidora da PÁTRIA INIMIGOS DO C1DADÃ0 de bem.Vitorio Perozzo - 14/09/2019 19:10:59
Boa tarde caro amigo PUGGINA.Mais uma vez o PARABENIZO pelo artigo e me solidarizo com os demais comentários e comungo com esse espírito PATRIÓTICO.Acho que agora chegou a nossa vez de levantarmos nossa voz e AGIR. Conte sempre comigo.GRANDE ABRAÇOLuiz Eduardo Paes Leme - 12/09/2019 18:34:08
Caríssimo .Percival Puggina. Acompanho seus testos a algum tempo e vejo que nossos ideais e pensamentos convergem. Tenho 76 anos e já me frustrei com algum jornalistas que passaram a alugar suas penas e saberes para o lado escuro da força. Vejo e leio nos seus escritos o anátema contra a situação que se nos apresenta. Enquanto V.Sa. estiver na trincheira, haverá esperanças. Enquanto muitos e cada vez mais se ombrearem nessa luta, nossas lágrimas não correrão em vão. Um grande abraço.Elionard Teixeira Jales - 10/09/2019 16:10:47
É maravilhoso encontrar escritor como você que traz luz, sabedoria e esperança para nós, que ainda não desistimos de lutar por um país melhor. Obrigado.João Guilherme Maia - 09/09/2019 20:02:51
O que me chamou atenção este final de semana foi a polêmica do livro na Bienal do Livro com a imagem de dois adolescentes se beijando. Eu fiquei revoltado com o ocorrido e escrevi este texto, segue o texto: E A POLÊMICA QUE SE FORMOU NA BIENAL DO LIVRO DEVIDO UM LIVRO QUE MOSTRAVA DOIS ADOLESCENTES SE BEIJANDO, PARA OS DEPRAVADOS MORAIS É NORMAL MAIS PARA UMA FAMÍLIA CRISTÃ QUE AMA OS SEUS FILHOS NÃO É. O que não tem se visto na proteção a criança e ao adolescente e a proteção deles contra a depravação moral que muitas mídias acham normal, como essa polêmica na Bienal do Livro que se encerrou ontem, na venda de um livro onde aparecem dois adolescentes se beijando, o que é uma tremenda degradação dos valores morais e como ficará a cabeça de uma criança e um adolescente ao ver uma figura desta num livro. Para a mídia depravada que nós temos algumas, acham mais do que normal. A mesma polêmica se formou quando num evento uma criança de uns quatro anos aparece passando a mão em um homem nu deitado, como houve uma revolta geral da população, eles se saíram que era arte. Condenaram o prefeito Crivella por ele ter mandado fiscais para retirar o livro da Bienal do Livro, devido esses abusos morais contra a criança e adolescentes. Aí eles vieram com a liberdade de expressão. Liberdade de expressão e uma coisa e depravação dos valores morais é outra, essas pessoas são especialista em querer confundir a mente das crianças e adolescentes com isso. Esses depravados que tentam induzir as nossas criança e adolescentes que relação homossexual é normal, então que procurem saber o e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Aí está o que deve ser incentivado às nossas crianças, que é o esporte, isso sim irá contribuir para o crescimento dos seus valores morais e não induzi-los a sexualidade precoce como estão tentando nos últimos tempos.Armando Micelli - 09/09/2019 18:17:36
Muito bem Puggina. Continue a luta. Nós te apoiamos. Você não está sozinho. Abraços.Décio Antônio Damin - 09/09/2019 13:32:22
"Casa de tolerância" é uma ótima figura e bem apropriada ao nosso país...! Temos de aceitar que, no conjunto, os culpados somos nós mesmos que nos permitimos chegar a tal estágio que agora exige um "tratamento de choque"! O diagnóstico é óbvio: falta educação, respeito à hierarquia, trabalho, amor à pátria e... continuar acreditando que ainda "é possível" levantarmos do "berço esplêndido"... desde que, mesmo pequena, cada um faça a sua parte!Alexandre Patriarca - 09/09/2019 13:29:14
Parabéns, Sr. Puggina! Estive no evento do Brasil Paralelo em São Paulo, no último sábado, onde tiver o prazer de acompanhar sua excelente participação, ao lado de muitos outros excelentes brasileiros. Muito obrigado pelo trabalho que o Sr. vem realizando com seus textos e atuação em prol de um país mais digno. Não fossem pessoas como o Sr. e muitos outros, o Brasil já teria ido para a "cucuia" há muito tempo! Sou seu "fã"!Abrahão - 09/09/2019 12:00:25
Sei todos os hinos que exaltam nossa pátria. Eu os aprendi na escola primária, no ginásio e no científico. Canto esses hinos com orgulho e emoção. Sorte minha que vivi num país normal durante minha infância e juventude. Não sentir o coração bater mais forte diante dos símbolos da pátria é sintoma grave de falta de respeito por si mesmo.Fátima Goncalves - 09/09/2019 03:56:18
Parabéns Sr. Puggina!! Sentimos meio q desolados em nossa pp “Pátria Mãe Gentil!!”. Nossos jovens, infelizmente, aprenderam a deixá-la de lado, até mesmo a cor de nossa Bandeira, quiseram mudar!!! Sinto mto por não ver o nosso vigor patriótico em nossas escolas, nossas universidades, nossas casas, enfim, conseguiram com q nossos jovens se tornassem frios e monótonos. Parece q estamos num País sem cor, sem Bandeira, sem Hino Nacional, q particularmente, para mim é o mais bonito do planeta, estamos vivendo num mundo sem civismo , sem moral, sem ordem... está difícil mas, tenho Fé q Ele estará conosco até o fim!!! ?????? Prossigamos na luta dentro de nossas casas, defendendo em 1o. Plano a Família , transmitindo tds esses valores citados acima e tantos outros q fazem parte do dia a dia de um povo, RESPEITO, MORAL HONESTIDADE, ÉTICA E PATRIOTISMO!! A NOSSA BANDEIRA JAMAIS SERÁ VERMELHA!!! ????????????????????????Dalton Catunda Rocha - 07/09/2019 22:20:11
Em resumo: Luta de classes morta; lutas de bichos, florestas, gays, raças e sexos estão todas postas. “Continuo detestando a racialização do Brasil, uma criação – eu vi – do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Nossa maior conquista – o conceito de povo brasileiro – desapareceu entre os bem-pensantes. Qualquer idiotice racial prospera. A última delas é uma linda e cheirosa atriz global dizer que as pessoas mudam de calçada quando enxergam o filho dela, que também deve ser lindo e cheiroso.” E concluiu: “Quero que as raças se fodam.” > ( https://istoe.com.br/racializacao-e-uma-histeria-que-tem-que-parar-diz-secretario-do-rio/ ). ******************* Solução para as favelas, nos morros cariocas? Erradicar os morros, com tecnologia que já existe e, há décadas. 1-Solução para demolir barracos de favelas: https://www.youtube.com/watch?v=MVNecEmaYEU 2-Solução para demolir morros com favelas: https://www.youtube.com/watch?v=cKwkr3Ed14g 3- Solução para remover o material dos morros: https://www.youtube.com/watch?v=Kb-45f4t4rE 4- Solução para as rochas dos morros das favelas: https://www.youtube.com/watch?v=97jO-n3kJgI Está bom. Não querem eliminar os morros, mesmo isto podendo sair mais barato, que a grana enviada para Cuba, Venezuela, etc. Querem que o Rio de Janeiro tenha mais um século cheio de favelas. Que assim seja.Jorge Luiz Schwerz - 07/09/2019 21:33:38
Parabéns pelo Artigo Puggina! Feliz Dia da Pátria para todos nós! "O preço da liberdade é a eterna vigilância!"Delmar - 07/09/2019 20:51:36
Excelenteariel - 07/09/2019 20:03:01
OBRIGADO, PUGGINA, POR MAIS ESSE BELO TEXTO; HOJE , ASSISTI VIA TV , UM PRESIDENTE NA TENTATIVA DE RESGATE DO PATRIOTISMO; QUE NÃO NOS CAUSE MAIS UMA FRUSTRAÇÃO.....VI, UM PRESIDENTEVERDE-ANARELO ! QUE DEUS O PROTEJA!!!Helena Leão Bered - 07/09/2019 14:19:27
Parabéns pelo brilhante texto, tenho esperança de novos tempos com o atual governo.Ana Célia Santos Maia - 06/09/2019 17:25:24
Querido Mestre PERCIVAL PUGGINA, seu artigo me comove, pois sinto tudo isto, do jeito que o senhor fala e escreve, cada frase, cada palavra... É com pesar que escutamos o silêncio nas escolas, nas ruas, nos meios de comunicação... com relação à Semana da Pátria. Amanhã é o Sete de Setembro, e lembro com saudade dos desfiles escolares da minha infância e adolescência, com banda de música e recital de poesias cívicas, na praça principal da cidade... Sei que, com o nosso novo Presidente da República, estamos vivendo dias turbulentos, mas de grandes reflexões sobre quem fomos e quem somos. Renascendo a esperança, antes que fosse mais tarde ainda! Obrigada, Prof. Puggina, por nos ensinar a pensar!Domingos - 06/09/2019 16:40:10
Há um pouco de tristeza e frustração no artigo! Não é para menos. Concordo plenamente. Tenhamos esperança e fé. Abraço.Therezinha Vargas Dantas Pereira - 06/09/2019 16:11:36
Excelente, embora artigo, embora com conteúdo de uma triste verdade.Elisabeth - 06/09/2019 14:41:13
Você me conforta com suas palavras, pensar que tenho brasileiros como voce me alivia o coração, talvez porque sejamos do mesmo tempo tenho 72 anos em que as escolas ensinavam alor a pátria e ética, mas tudo que voce escreveu é como me sinto machucada assim como o Brasil. Tenho a maiir fé na lavajato e no ministro da justiça vamos prosseguir na luta compartilhando nossas idéias de um Brasil melhor quem sabe alguns brasileiros nos escutam Um abraço. Elisabeth Muller Machado.Luiz R. Vilela - 06/09/2019 12:18:18
Tempos estranhos, o mundo da sinais de enlouquecimento, o que era normal ou natural, já não é mais. A vergonha, se é que ainda existe, deixou de ser impedimento para certas práticas, que até pouco tempo, eram vergonhosas, mas que hoje são motivos de orgulhos, inclusive com desfiles de enaltecimento aos gostos de alguns. Cada um faz de si o que bem entender, desde isto não traga prejuízos aos outros, tudo bem. Só que as mudanças nos costumes, não pode ser brusca, deve haver prazo de acomodação, mas a pressa atual, esta atropelando ao que a pouco tempo atrás, chamava-se de "bons costumes". No filme "Lawrence da Arábia", existe uma cena marcante, quando mercenários ingleses questionam o embaixador de sua majestade, pela mudança inexplicável de posição, na guerra turco-árabe. Disse então com todas as letras o embaixador aos oficiais: " Até entre os ladrões na cadeia, existe ética, só na política é que não. Parece ser esta definição a mais acertada sobre a política, uma atividade completamente sem ética, onde o levar vantagem é a tônica e onde o engano e a mentira, são matéria prima de indivíduos que buscam no poder a forma mais fácil para o próprio enriquecimento, isto com dinheiro público. Dizia-se que na república velha, lá no inicio do século XX, as eleições eram fraudadas, mas a representatividade verdadeira. Hoje as eleições são tidas como verdadeiras e honestas, mas a representatividade, é fraudada. Pelas descobertas feitas pela lava jato e similares, nos mostra o quanto de atolados na lama da corrupção estamos, só não nos afogamos ainda, porque esta lama não ultrapassou o queixo,mas se continuar assim, logo chegara a boca, e dai o inimaginável poderá acontecer. Ninguém pode aturar o que acontece no Brasil, para sempre. Um dia a coisa explode, e o Bolsonaro já pode ser considerado um aviso prévio, de que o caminho não é esse.Jackson Freitas - 06/09/2019 11:49:37
Bom dia, Puggina. Sou um leitor periódico e te apoio. Venho aqui em recíproca ao seu sentimento dizer que você não está só. O Brasil ainda tem brasileiros. Minha humilde parte nessa fatia social na qual faço parte eu cumprirei: Vou amar minha pátria. Agradeço ao seu trabalho que assim como outros tem nos revelado verdades. PS. Usei o termo social, mas com certa vergonha do uso que muitas vezes fazem desta palavra. Não estamos assim divididos, estamos embaixo da mesma bandeira.