• Percival Puggina
  • 13/11/2016
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A IRRACIONALIDADE DO PRESIDENCIALISMO

 

 O mundo se exclama diante da eleição de Donald Trump. Como pode alguém com tais características ser eleito na maior democracia do mundo? A meca do capitalismo mundial, do livre comércio, seduzida pelos acenos de rigoroso protecionismo? Onde foi parar o discurso da competição que gera a competência, beneficiando a todos? Que houve com "the land of the free, the home of the braves"? Decidiram os livres cercarem-se de muros e barreiras? Recolheu-se a bravura aos seus quartéis? Meu umbigo, minhas regras, my business?

 Se não levo a sério a bazófia de Donald Trump, menos ainda me ajoelho ante as crenças de Hillary Clinton. O Partido Democrata representa cada vez mais um esquerdismo militante. Ademais, há uma vaga aberta na Suprema Corte e o preenchimento pelo futuro presidente desempatará o jogo entre conservadores e progressistas. No poder, Hillary entregaria a maioria da Suprema Corte ao ativismo judicial e abriria a porteira para a judicialização das teses "progressistas". Autorizada pela tradição, note-se, a Suprema Corte dos Estados Unidos "legisla" legitimamente, decidindo sobre temas jurídicos e políticos da mesma forma que o nosso STF vem fazendo, com muito menor tradição e legitimidade. Ademais, o partido da senhora Clinton foi tomado pelo multiculturalismo que reverencia todas as culturas, mas detesta o Ocidente. Abraçou-se à tolerância, mas rejeita o conservadorismo, a direita e o cristianismo. São gritantes as semelhanças entre as pautas do Partido Democrata e as da esquerda brasileira e isso explica muitas reações à derrota da senhora Clinton entre formadores de opinião no Brasil. Foi como se houvessem perdido alguém da família. Não, definitivamente, o ano não lhes foi bom.

 Não terá contado a favor de Trump o que era visto por muitos como defeito? Com a liberdade sufocada pela opressão do tal "politicamente correto", não terão, muitos eleitores, optado por um governo com mais testosterona? Quem sabe? Pessoalmente, alinho-me aos muitos que entendem o recente processo eleitoral como uma acirrada disputa entre dois males, tendo constrangido cada eleitor à subjetiva opção pelo que entendesse como o mal menor. E tenho aí o ponto que me interessa. O presidencialismo norte-americano conta mais de dois séculos de estabilidade política e institucional. Pois até ele, que já produziu tantos estadistas e é o único do qual se dizia funcionar bem, gera situações constrangedoras como esta. Por nossas bandas, estamos habituados. Vota-se, quase sempre, em quem não se desejaria votar para que não vença quem menos se quer vitorioso.

Proferida a sentença pela voz das urnas aqui, ou pelo Colégio Eleitoral, no complexo sistema de lá, o senhor Trump terá um mandato de quatro anos a cumprir e só o perderá mediante processo de impeachment que combine conduta criminosa com apoio parlamentar inferior a um terço dos cem senadores. Isso não faz sentido. Não responde à razão um modelo institucional que não permita afastar o governante desastroso. Se Trump efetivamente quiser fazer, puder fazer e fizer tudo que sugeriu ou com que se comprometeu durante a campanha eleitoral, será um desastre. O que resguarda um pouco melhor a situação do país é que lá a federação funciona, quem governa são os governadores e o Congresso tem grande força sobre os atos da administração federal e sobre a política externa. O presidente norte-americano é muito mais chefe de Estado do que chefe de governo.

No Brasil, a República significou um simultâneo rompimento com as raízes europeias de nossa cultura política. Após quatro séculos, refluíamos do além-mar e nos voltávamos para os "irmãos do Norte", dos quais copiamos a forma de Estado (federação) e o sistema de governo (presidencialismo). Mas ao fundir inteiramente a chefia de Estado com a de governo, estragamos mais o que já não era bom. (...)

(Conteúdo exclusivo. O artigo completo está em Zero Hora de 12/11/2016)



 

 


Genaro Faria -   15/11/2016 03:36:34

Toda essa gritaria da esquerda contra a vitória de Trump, que a grande mídia valoriza vergonhosamente para passar a impressão de que 10 mil manifestantes sejam um milhão, está sendo orquestrada lá como cá são dirigidos as invasões de escolas e os protestos contra a PEC dos gastos públicos. Por que isso agora? Porque a esquerda teme que seu projeto de poder globalista - não confundir com globalização - foi o centro da campanha republicana. Os americanos, em peso, rejeitaram a agenda socialista que inclui, dentre outras muitas aberrações, a identidade de gênero, o aborto, a usurpação pelo estado do direito dos pais educarem seus filhos, a supressão das fronteiras com a consequente eliminação da soberania nacional, o proselitismo ideológico em salas de aula para crinças do curso fundamental, o aumento exponencial de dependentes do programas sociais do estado, tudo isso e muito mais com vistas à implantação de uma tirania totalitária. Foi portanto uma eleição histórica, como o candidato republicano insistia em cada comício.

Ernesto Ribeiro Barboza de Oliveira -   14/11/2016 21:19:03

Nós, os apoiadores de Donald Trump, usamos o meme mais viral da internet: o personagem Morpheus do filme "Matrix" dizendo: “E se eu lhe dissesse que TUDO o que lhe disseram na sua vida inteira é MENTIRA? Que a verdade pode ser bem o OPOSTO do que você acredita? Que eu NÃO SOU UM VILÃO? Sou apenas o sujeito disposto a destruir todo o SISTEMA corrupto, mentiroso e escravizador que escraviza você desde as suas crenças?” Eis o caso de Donald Trump: ele é ODIADO por TODO o ESTABLISHMENT dos PIORES INIMIGOS DA HUMANIDADE: os ISLAMISTAS, os COMUNISTAS, os GLOBALISTAS, os POLÍTICOS CARREIRISTAS, as GRANDES CORPORAÇÕES, os SUPER-RICOS e PODEROSOS, a Grande Mídia Inteira. Tudo porque ele deseja apenas CUMPRIR A LEI e salvar a Civilização Americana da DESTRUIÇÃO. Todos os donos do poder mundial querem a destruição dos EUA pelas invasões bárbaras de mexicanos ilegais e cartéis de traficantes de drogas assassinos em massa, matando, estuprando, roubando, assaltando e saqueando. A fronteira dos EUA é a mais visada do mundo, e a menos vigiada, por onde atravessam mais pessoas ilegalmente, inclusive por terroristas. Este muro da fronteira já devia ter sido construído há 150 anos atrás. Muitos países têm suas fronteiras demarcadas por muralhas com guardas armados. O próprio México tem uma muralha na fronteira com a Guatemala. Quem pular esse muro na América Latina é abatido a tiros. Nestes países e em muitos outros mais, os estrangeiros ilegais são presos ou mortos. Nos EUA, o desgoverno Obama privilegiou os estrangeiros ilegais dando MAIS direitos até do que os cidadãos trabalhadores americanos, a ponto de NEGAR serviços sociais a ex-militares veteranos americanos que morreram de frio abandonados nas ruas sendo expulsos de abrigos para dar lugar a estrangeiros ilegais, incluindo assassinos, assaltantes e estupradores. Pior: por duas vezes, o então presidente Obama afirmou descaradamente ser a favor de RASGAR AS LEIS da Constituição do país e dar direito de voto a estrangeiros ilegais. De fato, ele fez exatamente isso quando fraudou as eleições de 2012 com urnas eletrônicas sabotadas e tentou o mesmo com 18 milhões de cédulas eleitorais falsas em 2016. Por isso, desde que anunciou sua pretensa candidatura em 2012, e se lançou candidato de maneira independente em 2015, eu apóio Donald Trump integralmente e participei da campanha dele pela internet. De fato, foi o uso das ferramentas da web nas redes sociais que fez a vitória acontecer, conscientizando milhões de eleitores e virando a mesa contra todos os meios de comunicação de massa da Grande Mídia Oficial. Porque, como publicitário, eu sei como se constroem imagens falsas e se destroem reputações. E como pesquisador, eu sei como investigar os fatos até encontrar a Verdade. Em Washington, até as pedras do rio Potomac já sabem. Isso é muito mais do que apenas uma eleição. É mais do que um Movimento. Isso é uma REVOLUÇÃO. 2017 é o Ano 1 da Terceira Revolução Americana.