Alex Pipkin, PhD
Por que existe Estado?
Penso que, basicamente, esse se justifica pela necessidade de prover serviços públicos, garantir direitos individuais e promover a segurança e a justiça - verdadeira!
Na republiqueta verde-amarela, da burocracia e da procrastinação, é recorrente e sabido, que é preciso reduzir o tamanho da mastodôntica máquina estatal e, ao mesmo tempo, aumentar a sua eficiência. Qualquer sujeito com razoável visão e experiência empresarial, enxerga a olhos nus, que existe uma série de processos que não agregam valor para a população. Servem apenas de poder de barganha para acomodar "apadrinhados políticos"... O conhecido e antigo cabide de emprego.
Analisando-se sob a ótica do desempenho e de resultados, aparenta que a automatização de processos ainda não pairou sob os ares de Macunaíma.
Vejam o Judiciário brasileiro. Abissal - o que há de prédios novos, hein?! -, caro - comprovado por comparativos -, e o que é pior, mais do que moroso! Ineficiente! Além disso, a imoralidade reina. Alguns membros do Judiciário, recebem salários acima do teto constitucional, somados a uma infinidade de penduricalhos, descolados da realidade dos reles mortais.
Porém, na visão dos "doutores", esses são medidos por "indicadores de desempenho". A piada já vem pronta. Quase todo mundo sabe que a produtividade do setor público cresce tal qual rabo de cavalo!
Com base nos fatos e dados, no governo Bolsonaro - apesar de suas mazelas -, o ministro Paulo Guedes enfatizou a ideia das desestatizações e da redução da máquina e gastos públicos. Novamente, de fato, houve uma redução do número do funcionalismo.
Já no governo Lula, evidente, o grito de ordem é o maior intervencionismo estatal e o ainda maior inchação do setor público. Nesse "governo" Lula, deu-se o maior crescimento do número de servidores desde 2021. No que tange a custos, houve o maior incremento desde 2019, alcançando, em 2024, a cifra R$ 62,5 bilhões! Ocorreu um aumento da máquina pública federal, em termos de pessoal e de despesas, sem qualquer contrapartida em nível de serviços e resultados positivos para os brasileiros.
Nesse país da retórica, da mentira e da procrastinação, a elite do funcionalismo público - e politiqueiros "da hora" - sempre e falaciosamente, arrotam chavões, tais como eficiência e produtividade, visando a reforma do sistema em um futuro que nunca chega, e tampouco chegará.
O negócio deles é claro como água cristalina: "não mexe aí no meu queijo". O "status quo" dia sim, outro dia sim, prevalece e nada acontece, nem acontecerá!
Embora o setor público seja distinto do privado, não se miram as boas e melhores práticas empresariais, a fim de que se implementem melhorias do setor privado, completamente adaptáveis ao público.
Quando existe um dono do negócio, evidente que esse e seus prepostos, estão, diuturnamente, preocupados com custos, produtividade, nível de serviços e lucro, buscando identificar e implementar oportunidades de melhoria. É uma simples questão de sobrevivência empresarial.
Tenham em mente que se depender de políticos e do alto funcionalismo público, a reforma para o bem da eficiência e dos brasileiros nunca chegará! Eles têm seus "motivos"! Nunca acordarão do sono dos sicilianos...
A mudança, a reforma no serviço público, imagino eu, somente acontecerá, caso algum político, num delírio de liberalismo, dê a um homem e/ou mulher, de mente e experiência empresarial, a autoridade, e este tenha autonomia para fazer acontecer, ou seja, realizar aquilo que factualmente necessita ser feito, visando a melhoria dos serviços e a imperiosa redução dos gastos públicos.
Não, não há vontade política, e eu já tenho quase sessenta para acreditar em Papai Noel.
Neste momento, vem-me à mente a famosa frase do ex-presidente americano, Ronald Reagan, dita em seu discurso de posse em 1981: "O governo não é a solução para o nosso problema; o governo é o problema".
Ele, como qualquer empresário "de verdade", é sabedor de que para o aumento da eficiência e de resultados positivos para à população, é necessário um muito menor intervencionismo estatal, a eliminação da burocracia e da alta regulamentação, e a consequente liberdade dos indivíduos das afiadas garras do Leviatã vermelho, verde-amarelo.
Singelo, não?