(Publicado originalmente em http://professorpaulomoura.com.br/
Quem viveu intensamente as emoções políticas de 2015 talvez não tenha se dado conta da magnitude dos fatos históricos que o povo brasileiro protagonizou nesses doze meses, a ainda vai protagonizar nos dias finais desse ano.
Como analista político posicionado a favor do impeachment de Dilma, da prisão de Lula e de que a legenda do PT seja proscrita pelos crimes deliberadamente cometidos por seus dirigentes em seu projeto de perpetuação no poder, testemunhei as explosões de euforia e desânimo dos milhões de brasileiros que têm ido às ruas e se manifestado nas mídias sociais na luta contra a corrupção e pelo impeachment.
Euforia a cada fato criado pela operação Lava Jato ou pelos reveses do governo no impasse político da gestão da crise econômica que ele mesmo criou. Desânimo toda vez que o governismo entrou em campo para construir bloqueios políticos e judiciais patrocinados por suas bancadas no Congresso e no judiciário, ou para comprar apoio empresarial para sobreviver no poder.
jogo de ofensiva e contraofensiva, visto por uma lente grande angular, revela uma dinâmica em que, a cada novo momento, a força do governo Dilma, do PT e de Lula se esvai, requerendo cada vez mais energia e recursos com cada vez menos resultados na batalha dos corruptos para conter a marcha inexorável do impeachment.
Hoje, 12 de dezembro de 2015, véspera de mais uma onda de manifestações de rua, o cenário da batalha final está desenhado e nítido. Nos sistemas político, econômico, judicial e na mídia, está mais claro do que nunca quem se alinha com o povo e quem se alinha com os corruptos e corruptores.
Qualquer pessoa com um mínimo de racionalidade sabe que a única esperança que os brasileiros podem ter de mudar os rumos da economia e dar início à difícil trajetória de reconstrução da nação saqueada passa pelo impeachment de Dilma.
A hipótese, muito improvável, de que Dilma sobreviva no poder, aponta para um cenário de terra arrasada daqueles que sucedem catástrofes naturais de grandes proporções ou guerras. A crise que temos pela frente, mesmo após removermos Dilma no poder, é a mais grave da história do Brasil.
A sobrevivência de Dilma e do PT no governo equivaler-se-ia a jogar bombas atômicas sobre todos os centros dinâmicos da vida urbana e industrial da nação, tamanha a gravidade da crise que adviria como consequência. Somente quem é sócio do clube da corrupção que nos governa pode permanecer no campo de sustentação desse governo. Não há outra explicação para condutas que afrontam tão seriamente os interesses nacionais.
Os recursos que Dilma, Lula e o PT têm para lutar pela permanência no poder estão quase esgotados e, quanto mais eles precisarem usá-los, mais aqueles que agem contra os interesses do povo brasileiro terão seu mau caráter exposto à execração pública.
Os movimentos que convocam o povo às ruas nesse 13/12 têm consciência de que não faremos uma manifestação da magnitude das três gigantes de 2015. Não importa. Poucos sabem que, para que o povo fosse às ruas aos milhões em março, abril e agosto de 2015, milhares de pequenas manifestações anteriores se fizeram necessárias antes e depois. Milhões de brasileiros postando suas opiniões e replicando conteúdos pessoais e de grupos e movimentos também precederam e sucederam aquelas manifestações gigantescas. E esse movimento segue vivo e atuante.
Hoje, as páginas dos principais grupos e movimentos pró-impeachment foram censuradas e bloqueadas pelo no Facebook. Tenhamos certeza que, no dia 14 a mídia alugada e os jornalistas alinhados com a máfia que nos governa estamparão nas suas matérias e colunas “fracasso”. Recentemente o governo federal liberou R$ 53 milhões de reais para gastos com publicidade. Sabe-se que o que o governo está comprando com nosso dinheiro não é espaço para publicidade. De fato, ao serem pagos para veicular publicidade comercial, os veículos da grande mídia dão, em contrapartida, centimetragem e tempo de rádio e TV em forma de matérias jornalísticas e colunas de opinião favoráveis ao governo.
O povo brasileiro não está lutando apenas contra o PT. Estamos lutando contra o PT e toda a camarilha de sindicatos e ONGs, empresas e empresários, bancos e banqueiros, políticos e partidos, juízes e tribunais, jornalistas e empresas de mídia, professores e instituições educacionais, além de bandidos de todo o tipo, que se associaram para saquear os cofres públicos.
Essa máfia quebrou o Brasil. O dinheiro que nos tomaram em forma de impostos acabou. E, advinha o que eles querem agora? Aumentar os impostos para financiar sua sanha demoníaca para se perpetuarem no poder; para continuarem nos roubando.
Não é hora de desanimar. Nunca estivemos tão perto do impeachment da Dilma e da prisão de Lula. Precisamos furar o bloqueio do Facebook. Precisamos furar o bloqueio da mídia comprada. Precisamos furar o bloqueio das máfias corruptas e corruptoras. E, só há uma forma de fazermos isso: indo para as ruas. Para isso, todos os brasileiros genuinamente interessados em fazer uma faxina nos poderes da nação precisam assumir suas responsabilidades individuais. Vamos convocar um a um, nossos amigos, parentes e vizinhos. Vamos ocupar as ruas e praças no Brasil!