• Ipojuca Pontes
  • 23/07/2018
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GOLPE COMUNISTA À VISTA


PRÓLOGO
Lula – ar professoral, pontificando entre pares da comunalha: – “Eu lembro quando tivemos a idéia de construir o Foro de São Paulo (com Fidel, em 1990). E uma das forças políticas que mais contribuiu para chegarmos a construir o que construímos foram os companheiros do PC cubano que sempre tiveram a paciência de nos ajudar”.

Boris Casoy – entrevistando o candidato Lula nas eleições de 2002: – “Fala-se, e eu não acredito nisso, numa aliança do eixo Chávez, Fidel e Lula”.

Lula: (entre cínico, acanalhado e ameaçador) – “Ô Boris, você sabe que isso é no mínimo uma piada de mau gosto. Eu te aconselho a não repetir isso no vídeo”

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O recente imbróglio tramado por Lula e sua tropa de choque no Spa da Polícia Federal, em Curitiba, a denunciar o charco jurídico em que submerge a nação, deve ser encarado tão somente como a ponta do iceberg de plano armado pelo Foro de São Paulo, organização comunista (ligada ao narcotráfico) que está reunida em Cuba (com a presença de Dilma Rousseff) e que tem como propósito tirar o criminoso Lula da cadeia. As deliberações do Foro de Cuba passam, é claro, pela ação paralela da mídia esquerdista amestrada, da igreja apóstata, dos intelectuais pendurados nas bocarras das universidades públicas e, last but not least, pelos chamados artistas de “miolo mole”.

O dia D para o provável desfecho da esculhambação assumida se dará quando da saída da ministra Carmen Lúcia da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e a ascensão ao posto, em setembro, do militante Dias Toffoli, durante anos advogado de Lula, da CUT, do PT e ex-assessor de José Dirceu quando chefe da Casa Civil do Governo corruptor, o mesmo Dirceu a quem, há pouco, como ministro do STF, em decisão monocrática, liberou da prisão e do uso da tornozeleira – o que não impede JD, se quiser, mesmo condenado, participar como mentor, via Internet, das decisões do famigerado Foro de São Paulo.

(Nota: o currículo de Dias Toffoli estarrece: em 1994/95 foi reprovado duas vezes em concurso para juiz substituto do Estado de São Paulo, segundo a banca examinadora “por falta de conhecimento gerais e noções básicas do direito”. Por sua vez, apesar do escasso saber, DT, devido ao ativismo político, fez carreira meteórica no desempenho de cargos jurídicos nos governos do PT até assumir, pela vontade pessoal de Lula, a Advocacia-Geral da União. Daí a chegar ao STF pelas mãos sujas do presidiário petista foi um passo).

Se o leitor deseja levantar dados mais cabeludos sobre o futuro presidente do STF, basta conectar sites especializados. Neles, saberá, por exemplo, que DF foi condenado pela Justiça do Amapá a devolver R$ 19.790 por conta de suposta licitação ilegal de prestação de serviços advocatícios. E saberá que, em 2006, foi condenado por ilícitos da mesma natureza, ocorrido em 2001, desta vez pela 2º Vara Cível do Amapá. Teria de devolver R$ 420 mil ao Estado – mas a ação foi julgada improcedente pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, presidida, então, por Demóstenes Torres (senador cassado por suas ligações com a máfia chefiada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira) quando da indicação de Toffoli para compor o STF.

(Detalhe: a festa de posse de Toffoli no STF, com patrocínio à época de R$ 40 mil pela Caixa Econômica Federal, foi considerado um escárnio – o que levou o senador Pedro Simon, por exemplo, a considerá-la um “absurdo total”).

Por ocasião do escândalo do mensalão, em 2002, advogados de movimentos sociais apresentaram duas denúncias por crime de responsabilidade contra Toffoli tendo em vista sua condição de assessor de Zé Dirceu na época em que os fatos ocorreram. O “ministro de Lula”, além de inocentar o mentor do mensalão pela compra de votos, considerou as penas impostas ao réu como da “inquisição de Torquemada”.

Em 1915, outro pedido de impeachment foi protocolado no Senado Federal pelo procurador da Fazenda Nacional Matheus Faria alegando crime de responsabilidade pela participação de Dias Toffoli em julgamento do Banco Mercantil sem que se declarasse sob suspeição. O procurador alegou que o ministro tinha contraído empréstimo no citado BM.

Outro fato singular na carreira do ministro militante é que ele se distingue por conceder liminares a bandidos condenados em primeira e segunda instâncias, entre eles, só para constar, Jorge Picciani, deputado condenado e preso por corrupção no Rio; o notório Paulo Salim Maluf; Zé Dirceu, condenado a mais de 30 anos de prisão; e ainda o senador cassado Demóstenes Torres, ficha suja a quem Toffoli suspendeu, moto-próprio, a inelegibilidade imposta pela lei da ficha limpa.

Observadores experientes entendem que Toffoli, adotando a prática de soltar corruptos e anular a lei da ficha limpa, quer formar uma nova jurisprudência, cujo objetivo é permitir condenado em segunda instância ser posto em liberdade e concorrer às eleições – caso, por exemplo, do condenado Lula da Silva.

O “ministro de Lula”, compondo a segunda turma (da pesada) deita e rola nas suas justificativas. Quando ele quer, decide sozinho e, pelo que se deduz, subordina o próprio STF, ou parte dele, à sua vontade. Assim, a pergunta que se impõe é a seguinte: Quem fiscalizará o engajamento político de Dias Toffoli e aliados? Quem tratará de declarar a sua suspeição e impedimento? A consciência do próprio? Algum outro membro da Suprema Corte? A sociedade atenta? Ninguém?

Enquanto o país perplexo protesta pelos jornais contra um judiciário em crise permanente, o noticiário dá conta de mais uma proeza do militante Toffoli: antes de assumir o lugar de Carmen Lúcia, se informa que ele está negociando com Franklin Martins – sequestrador acusado de receber caixa 2 em dinheiro vivo destinado ao financiamento da reeleição do ditador Chávez – para se aboletar no cargo de secretário de Comunicação do STF.

* Publicado originalmente no Diário do Poder