• 08/07/2022
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Um debate constrangedor

 

Percival Puggina

 

            Na última segunda-feira, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do RS realizou uma audiência pública tendo como tema as Escolas Cívico-Militares já em funcionamento no estado. Com apoio do comando da entidade, que rejeita esse modelo, o tema foi proposto por um dos núcleos do CPERS-Sindicato.

Não estive na reunião, mas recebi um pequeno vídeo enviado pela vereadora de Porto Alegre, Comandante Nádia, que se manifestou entre os que defenderam o sistema.

Das imagens que vi, ficou-me uma impressão: o CPERS e os partidos que há décadas controlam pedagógica e politicamente a Educação no RS promovem, com exaltação e sem constrangimento algum, a defesa estridente do desastre que produziram.

A decadência da Educação no RS se expressa em sua atual posição no ranking dos Estados brasileiros, após ter sido uma referência nacional em educação pública. Segundo o IDEB 2019, o Rio Grande do Sul, na comparação com os demais estados, ocupa o 9º lugar e 16º lugar, respectivamente, nas séries iniciais e finais do ensino fundamental e o 11º lugar no ensino médio.

As escolas cívico-militares, infelizmente, estão obrigadas a manter as diretrizes pedagógicas e os currículos. Apenas, através de instrutores, incorporam ao convívio escolar conceitos de ordem, disciplina, respeito e amor à pátria que se traduzem em taxa de abandono muito menor, reprovação menor e IDEB maior.

Não por acaso, as comunidades das escolas consultadas aprovam, com 80% a 90% de votos favoráveis, sua transformação em escolas cívico-militares.

Contudo, o sequestro da Educação por partidos e organizações de esquerda, em todos os níveis, não admite a perda de nenhum de seus sequestrados!