Percival Puggina
A jornalista Malu Gaspar, de O Globo, em sua coluna de 26/10, informou que a Petrobras pretende expurgar de seus estatutos artigos que blindavam a empresa de conflitos de interesse e indicações políticas. A proposta é do Conselho de Administração e segue para aprovação garantida pela assembleia de acionistas onde o governo é majoritário.
Como foi amplamente divulgado e reprovado, já há uma decisão monocrática do ministro Ricardo Lewandowski – quanta falta faz, não é mesmo? – declarando inconstitucionais os benditos e inspirados preceitos da Lei das Estatais que durante seis anos protegeram essas empresas da fuzarca dos corruptos e corruptores. No entanto, como acabou a Lava Jato e seus processos foram anulados, acabou o risco da corrupção pela via política porque os corruptos da década passada são, hoje, as pessoas mais inocentes do país.
Sob o ponto de vista da moralidade pública, o Brasil nunca esteve tão seguro quanto com a volta do petismo ao lugar definido pelo Geraldo Alckmin de outrora.