Percival Puggina
Lula tem um problema com comprar passagens aéreas e com aviação comercial. Ademais, faz restrições a saguão de aeroporto e cabine de passageiros. O filho de dona Eurídice não veio ao mundo para esse tipo de chinelagem.
Poderia ser tarefa de gincana mostrar foto de Lula como passageiro de empresa aérea em voo regular. Convidado, na pessoa física, para ir à COP no Egito, levou comitiva e viajou no jato Gulfstream 600 da Qualicorp, empresa de José Seripieri Júnior, amigo que há quase uma década presta periódicos favores a Lula. Inclusive tem ou teve negócios com a G4, empresa de Lulinha e, como tem sido lembrado, apanhado na Lava Jato, devolveu muito dinheiro para se safar.
Esse é o Lula que o brasileiro honestamente informado conhece. Esse é o Lula ao qual corresponde o perfil que foi apagado em manobras sucessivas pelo STF e pelo TSE. Esse é o Lula que não sabia quanto ganhava e nem lembra mais quando pagou alguma despesa, conta ou boleto. Por quê? Porque alguém paga. Ele é um tesouro político sem fundo, para o qual sempre existe patrocínio.
Os patrocinadores, é claro, fazem fila para oferecer préstimos que uma consciência bem formada deveria rejeitar com indignação. Um lhe reforma o sítio, outro lhe arruma a cozinha, outro lhe paga o aluguel, outro o hotel, outro a viagem e assim, todos ganham, como se dinheiro simplesmente aparecesse trazido pelo vento da fortuna. E sempre há quem o defenda, quem acolha essa defesa e quem mande apagar tudo de seu prontuário.