• 22/03/2022
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Lições do caso da nadadora Lia Thomas

Percival Puggina

 

         Como são modernas e inclusivas essas universidades norte-americanas! A nadadora transexual quebrou recordes, venceu por larga margem as provas que disputou e conquistou o campeonato com endosso da NCAA (*). Não é o máximo? Quem for mulher de verdade está fora do campeonato universitário feminino de natação.

Qualquer pessoa no uso de suas faculdades mentais percebe o quanto a situação é absurda, grotesca. Quem não percebe, perdeu o cérebro em algum manual do politicamente correto. Nenhum esporte resiste a esse nível de tolice. Numa partida de futebol de várzea, do tipo mais vulgar, em que os com camisa disputam contra os sem camisa, um adulto de vinte e tantos anos jamais será admitido em jogo de adolescentes por se sentir ainda adolescente e exigir o direito de ser reconhecido como tal. 

Lia Thomas vai ganhar todas as competições de que participar até que outro garotão criado a testosterona se revele trans e vá competir com ela. Teremos, então, o campeonato universitário feminino disputado apenas entre dois transexuais. Com as mulheres fora da piscina.

Na minha perspectiva, dois enormes problemas afloram do caso e servem como lição na sala de aula dos fatos. De um lado, o grau de submissão de tantos a esse tipo de demanda identitária e a supostos direitos decorrentes. De outro, a observação de que a decadência de tantas universidades brasileiras tem simetria em universidades norte-americanas. A cegueira ideológica é péssima notícia para os dois países. 

Não preciso nem dizer quem fica feliz com isso.

(*) National Collegiate Athletic Association.