Percival Puggina
Matéria na Gazeta do Povo deste sábado 21 de agosto informa que 24 sites e pessoas físicas tiveram pedidos de quebras de sigilo oriundas da CPI da Covid; outros 15, por determinação do TSE, sofreram a suspensão de recursos provenientes de monetização nas redes sociais; 14 são alvo de ações do STF. É a blitzkrieg contra a direita. O “cala-boca” está bem vivo e sendo imposto a muitos.
Isso não dá o que pensar? Da CPI não se poderia esperar algo melhor. Afinal, todos que merecem atenção da comissão são medidos pela régua da maioria dos seus membros: dinheiro, em tese, é mal havido. “Aí tem!...”.
Suponho que as iniciativas do TSE estejam, todas, relacionadas à questão das urnas eletrônicas. A seita dos adoradores de urnas sem impressora não admite dissidência nem discriminação. Como esse grave crime ainda não foi tipificado por lei federal, o órgão administrativo que organiza a eleição brasileira não impede os descrentes de descrer, mas suprime o direito de receberem o que lhes é devido como remuneração pelo ganho das plataformas graças ao trabalho deles. Em outras palavras, têm direito à própria opinião, mas sobrevivam por outros meios.
As ações do STF são o caso mais grave porque decorrem de uma leitura inusitada e oblíqua do Regimento Interno da Corte. Leitura tão oblíqua quanto necessário para colocar nas mãos de um de seus ministros poderes que nenhum outro magistrado teve antes na história do país.
Tudo feito a serviço de uma suposta democracia, usada para sufocar a liberdade, contando com o alvoroço comemorativo de nossa outrora respeitável “grande mídia”.