Percival Puggina
Leio no site do Ministério das Relações Exteriores
A convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da República Argentina, Alberto Fernández, realizará, em 26 de junho, visita de Estado ao Brasil, no contexto de celebração dos 200 anos das relações diplomáticas entre os dois países. Além do encontro com o presidente Lula, o mandatário argentino será recebido pelos presidentes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
A Argentina foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil e com o qual estabelecemos relações diplomáticas. O governo brasileiro atribui caráter estratégico e prioritário às relações com o país, eixo fundamental do MERCOSUL e do processo de integração sul-americana.
A visita de Estado ocorre no contexto da retomada da parceria estratégica bilateral, iniciada com a visita do presidente Lula à Argentina, em 23 de janeiro, quando foi assinada declaração conjunta com múltiplos compromissos que adensaram ainda mais os laços bilaterais.
A Argentina é o terceiro principal parceiro comercial do Brasil. Em 2022, as exportações brasileiras para a Argentina alcançaram o valor de US$ 15,3 bilhões. As importações de produtos argentinos, por sua vez, chegaram a US$ 13 bilhões. O comércio bilateral, marcado por seu alto valor agregado, tem papel estratégico para o desenvolvimento e industrialização dos dois países.
Comento
Essa é uma parte da história, a narrativa oficial, diplomática, digamos assim sobre o que está acontecendo nesta segunda-feira enquanto escrevo. Na real, o presidente argentino vem atrás do dinheiro que nossos vizinhos se habituaram a buscar quando o PT está com a chave do cofre do BNDES. Esses recursos, sabe-se, pertencem aos trabalhadores brasileiros.
O peronismo de esquerda quebrou e requebrou a Argentina. A inflação, anualizada, está em 114%. Nessa que é a quarta visita de Alberto Fernández a Lula e quinto encontro entre ambos desde a posse, o argentino quer uma linha de crédito de seu “banqueiro” petista para exportadores brasileiros. O Brasil pagaria os exportadores e a Argentina “pagaria” o Brasil.
Também está na pauta, claro, o sonhado empréstimo do banco do BRICS à Argentina.
* A foto, buscada na rede, não é recente.