• 01/03/2021
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AH! SE A POLITICAGEM NÃO ATRAPALHASSE

Percival Puggina

Leio no Estadão (01/03)

Preço de matérias-primas sobe 40% e traz oportunidades para o Brasil

Apesar de a covid-19 estar ainda muito longe de ser debelada no mundo, as economias dos países, em geral, vêm se recuperando de forma razoavelmente rápida da forte queda provocada pela pandemia. A China, uma espécie de motor do mundo, é o maior exemplo disso. Um dos principais efeitos desse cenário é o aumento da demanda – e, consequentemente, dos preços – das matérias-primas. 

De abril do ano passado (o fundo do poço na pandemia) até agora, as cotações em dólar das 19 principais commodities agrícolas, metálicas e de energia haviam subido, em média, 40%, de acordo com o índice Commodity Research Bureau (CRB), indicador que é referência no comportamento das matérias-primas.

É um avanço que interessa diretamente ao Brasil, um dos maiores fornecedores mundiais de produtos importantes nessa equação – como soja, milho, carnes e minério de ferro. Ainda não está claro, entre os analistas, se o mundo caminha para um novo “superciclo” das commodities, nos moldes daquele que se iniciou na primeira década dos anos 2000 – os preços atuais ainda estão 16,1% abaixo do pico registrado pelo CRB, em 2011.

O que está evidente é que essa alta de preços abre boas perspectivas para o País. 

COMENTO

Outro dia enviaram-me um desses cards com frases de humor. Uma senhora perguntava ao médico: “Doutor, quando é que essa tal Covid vai acabar?”, e este respondia: “Não sei lhe dizer, senhora. Não entendo de política”.

A energia despendida no Brasil para fazer política seria suficiente para iluminar o país inteiro. E a quase totalidade só é usada para destruição, para convencer a sociedade de que o mal é bem e o bem é mal. De que só há um culpado para todo o mal. De que é preciso deixar tudo arruinado e corrompido, como estava, para que tudo fique bem. De que a roubalheira foi mal avaliada e mal investigada. De que os escândalos resultaram de  intrigas e mal entendidos cujas vítimas eram inocentes como os anjinhos de Rafael Sanzio.