O MERCADO ANUNCIA SEU VOTO
Ha exatos 12 anos, houve uma disparada dos indicadores que refletem o humor do mercado. A cada crescimento de Lula nas intenções de voto, tinha-se um tombo na bolsa. O mercado não confiava no candidato do PT e em seu partido. Eleito, Lula tomou juízo e, durante seis anos, cumpriu o riscado até o sucesso subir-lhe à cabeça e ele desfazer com os pés o que, com as mãos, fora feito por seus antecessores. O "Filho do Brasil" tornou-se pródigo e passou a torrar o patrimônio nacional. Dilma, sua sucessora, não fez menos.
Pois eis que passados 12 anos de governo petista, inverte-se a situação. A cada sinal de que Dilma pode perder a reeleição, o Brasil respira aliviado e a bolsa entra em viés de alta, recuperando posições perdidas. Simetricamente, quando a presidente sobe alguns pontos, o índice Bovespa leva um tombo. Em palavras bem simples, o mercado, esse vasto e complexo universo formado por produtores e consumidores, com suas expectativas, ações e reações - esse universo onde, de alguma forma, estamos todos nós - vem fazendo o seu discurso na tribuna das ruas, dos balcões do comércio, dos escritórios e das fábricas.
A pesquisa divulgada no último fim de semana pela IstoÉ, que atribui a Aécio Neves 58.8% e a Dilma 41,2% dos votos válidos, foi acolhida com silêncio fúnebre pela mídia gaúcha nesta segunda-feira. No entanto, a Bovespa operou em alta de quase 5%...