• 15/10/2020
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CORREIOS - UM FIO DE ESPERANÇA

Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico

PRIVATIZAÇÃO
Ontem, para o bem da sofrida população brasileira que precisa do serviço postal, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, entregou ao presidente Bolsonaro o tão esperado projeto de lei que cria as condições para a privatização dos Correios.

DONA DO PEDAÇO
A notícia, mesmo cercada de enorme desconfiança de que a PRIVATIZAÇÃO possa se transformar em realidade, foi muito comemorada. Esta alegria, no entanto, soou como uma forma de manifestação contra o péssimo trabalho que é prestado pelo MONOPÓLIO, cuja CORPORAÇÃO jamais escondeu a convicção de que é a DONA DO PEDAÇO, ou da ESTATAL.

OBSTÁCULOS
Como revelou o ministro Fábio Faria, o texto final será encaminhado ao Congresso somente no próximo ano, com a expectativa de que venha a ser aprovado até o final do exercício (2021). Detalhe: só depois da necessária aprovação o PROCESSO DE VENDA DA ESTATAL poderá ser iniciado. Mas, mesmo assim, com tantos obstáculos a frente, não consigo deixar de sorrir.

NOVA ORGANIZAÇÃO
Em nota publicada pelo Ministério das Comunicações, o importante Projeto de Lei estabelece a NOVA ORGANIZAÇÃO e a MANUTENÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE SERVIÇOS POSTAIS para que SEJAM EXPLORADOS EM REGIME PRIVADO, “respeitando, porém, a Constituição Federal em seu artigo 21, que estabelece à União manter o serviço postal, o que será delegado ao Operador Postal Designado no decorrer do processo de privatização dos Correios”.

ESTUDO - MODELO
Para dar andamento ao processo da tão almejada PRIVATIZAÇÃO, o BNDES já contratou a Accenture, empresa de consultoria que deverá apresentar dentro do prazo de 120 dias contratuais, o estudo que mostrará o melhor modelo a ser utilizado para a VENDA DA ESTATAL. Tal documento, tão logo concluído, será enviado ao Congresso para dar suporte ao estabelecimento de parâmetros e diretrizes da PRIVATIZAÇÃO.

QUEBRA DO MONOPÓLIO
Mesmo animado com a simples possibilidade de que o SERVIÇO POSTAL passe, enfim, a ser operado pela INCIATIVA PRIVADA, o que não gostei foi o fato de não ter sido mencionado a QUEBRA DO MONOPÓLIO. Passar a tarefa para a INICIATIVA PRIVADA e ela permanecer como MONOPÓLIO é algo condenável. O que é preciso é ABRIR O MERCADO, entregando aos CONCORRENTES o direito e a capacidade de SEDUZIR CONSUMIDORES.