BOLSONARO E JOÃO DÓRIA
Percival Puggina
Esquentou o tempo entre o governador de São Paulo e o presidente da República. Difícil imaginar duas pessoas tão diferentes. Bolsonaro é um tipo impulsivo, de quem não se dirá ter sido visto fingindo ser o que não é.
Foi precisamente com estas características que abriu caminho para a presidência, numa sociedade que esgotou sua paciência perante a ditadura do “politicamente correto”, o domínio das mentes através das manipulações proporcionadas pelas Organizações Globo e a incansável tentativa de derrotá-lo eleitoralmente com a força da telinha. Então, o povo percebeu o fato, tanto quanto percebe, agora, a continuidade do fato
Não há algo sequer parecido na história dos pesos-pesados da mídia brasileira!
No outro canto do ringue, encurtando o curso dos acontecimentos, surge o presidenciável João Doria. Em tudo o oposto de Bolsonaro. Elegantíssimo, perito na arte de dissimular emoções, o governador paulista conserva, em quaisquer circunstâncias, a expressão fisionômica de um jogador de pôquer. Parece, sempre, recortado de uma página de moda social masculina.
Qualquer coisa que aconteça no Brasil, hoje, é assistida como parte desse cenário, onde a esquerda, oposição natural, foi substituída por parcela significativa da assim dita grande imprensa.