• 28/12/2019
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UM JUIZ DE PROVÍNCIA

Percival Puggina

 

O ministro Sérgio Moro tuitou assim, dia 24 de dezembro, sobre sua inclusão entre as 50 personalidades mais influentes da década, numa escolha da revista britânica Financial Times:

“Nada mau para um juiz de província, mas o mérito na verdade é dos milhões de brasileiros que se indignaram contra a corrupção e geraram uma onda pela integridade na política e nos negócios na América Latina. Sempre serei fiel a esses ideais e a vocês.”

Realmente, nada mau. Suba num banquinho, leitor, e contemple a atualidade política brasileira. Olhe à sua volta e veja quem não gosta de Sérgio Moro. Só vai encontrar figuras desprezíveis, ainda que, por influentes, não possam ser desprezadas. Elas têm grande influência, sim. Alguns, por isso, se sentem “supremos” e morrem de inveja. Muitos entrariam na sua lista de 50 personalidades mais repulsivas da década.

Pessoas como Moro são realmente incomuns. Suas principais qualidades, além do conhecimento jurídico, são de natureza moral, num país em que virtudes são objeto de chacota e onde sua atividade  tromba contra poderes de Estado tomados por gente que não lhe têm qualquer apreço e onde o único objeto de zelo é o próprio rabo.