ATIVISMO LGBT VAI AO STF PELA IDEOLOGIA DE GÊNERO
Percival Puggina
Repete-se o velho esquema. Se a infiltração através da Base Nacional Comum Curricular não funcionou, se a tentativa de forçar a introdução por via legal através dos parlamentos também não deu certo, o STF acaba sendo uma boa alternativa. Ali, com um voto, sai a desejada liminar, que pode durar tanto quanto a vida eterna.
É o que, segundo informação de O Antagonista na semana passada, algumas entidades fizeram, apelando ao STF para obrigar as escolas da cidade paranaense de Londrina a ensinarem ideologia de gênero.
E desde quando isso pode se tornar uma questão constitucional? Com base em quê se pode constitucionalizar tal conteúdo, para torná-lo obrigatório? Ora, meu caro leitor, nossa Constituição está repleta de conceitos vagos que podem ser usados ao gosto do freguês. Servem do direito e do avesso; são unissex e tamanho único. Nunca falta base constitucional para que o STF faça o que bem entender cada uma de suas ungidas cabeças.
O processo está em mãos do ministro Luís Roberto Barroso (aquele que defende o aborto como direito da mulher para igualar-se ao homem porque homem não engravida...). Sabe-se lá o que vem por aí.
A ideologia de gênero, é bom lembrar, sustenta a ideia de que gênero é uma construção social, tolice sem qualquer base científica, que não guarda qualquer relação com dignidade humana ou respeito às diferenças – isto sim, conteúdo educacional importante numa sociedade civilizada.