• 03/09/2014
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TOTALITARISMO E IDOLATRIA
Percival Puggina


 Todos os totalitarismos necessitam de um líder máximo, de um tipo mítico para chamar de seu. As ruas se enchem de imagens desse sujeito, suas frases são repetidas incansavelmente até se transformarem em orações. Imensos outdoors e retratos no interior das residências fazem com que as pessoas submetidas a tais processos psicológicos não mais distingam o sujeito do objeto e tudo vira foco de reverência.

 

 Sempre foi assim, no Ocidente e no Oriente, no Norte e no Sul. Já tivemos um pouco disso com Getúlio, ainda que em grau menor do que aconteceu na Argentina de Perón. Foi assim na Espanha com Franco. Na Itália com Mussolini. Na URSS com Lênin, Stalin e seus sucessores. Na China de Mao. Em Cuba de Fidel. Na Coreia do Norte de Kim Il-Sung. E por aí vai.

 

 O culto da personalidade de algum líder máximo é indicativo do viés totalitário instalado em uma sociedade. Não foi diferente com a mitificação de Che Guevara para a propaganda comunista mundo afora. Não fez menos Chávez com sua imagem e não fazem menos os chavistas após sua morte. A "oração do delegado", à semelhança do Pai Nosso cristão, santifica o criador do comunismo bolivariano e o instala num trono de nuvens.

 

 Fatos assim, evidências desse porte, põem a nu o caráter não democrático da esquerda brasileira que defende, apoia e financia, com dinheiro nosso, as loucuras de um regime que já jogou a economia venezuelana no fundo do poço e dividiu talvez irremediavelmente aquela nação vizinha.

* Na seção de vídeos deste site (www.puggina.org/videos) você pode assistir a recitação desse "pai nosso" chavista.