• 30/07/2018
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ABORTO NA ARGENTINA E FAKE ANALYSIS NO BRASIL
 

Percival Puggina

 

Ainda agora (hoje é segunda-feira, 30 de julho) tive nova evidência de fake analysis na Globo News. O programa Estúdio I tratava da decisão sobre aborto a ser tomada pelo Senado argentino. No breve fragmento a que assisti, o jornalista Marcelo Lins soltou esta pérola: “A rigor, ninguém é a favor do aborto; o que as pessoas são é contra a criminalização”.


Perceberam o gambito analítico? Num único lance, armado para distrair idiotas, o jornalista fez desaparecer abortistas nem aborteiros, não há mais meu corpo minhas regras, não há mais “direitos” da mulher. E principalmente não há mais bilhões de dólares distribuídos mundo afora, inclusive no Brasil, para programas de “saúde reprodutiva”. Não são criativos?


Por que nunca – mas nunca mesmo! – entram em pauta essas gigantescas fontes de financiamento internacional para clínicas de aborto, medicação abortiva e produção do equipamento Manual Vacum Aspiration? Quer dizer que a Fundação Rockfeller não gasta, no Brasil, US$ 25 milhões por ano em estudos demográficos que outra coisa não são que a moldura do quadro para adoção do aborto em larga escala? E quer dizer que Goerge Soros gasta um pouco mais do que isso não por ser a favor do aborto, mas para que ele seja descriminalizado? Me poupem!