• 18/07/2018
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PRESSÃO FUNCIONANDO? O COMPANHEIRO VAZOU?
Percival Puggina

 

 Em entrevista à coluna Painel, da Folha, o ministro Dias Toffoli afirmou estar consciente de que irá “votar contra o próprio convencimento em defesa da instituição”.


 Traduzindo em linguagem inteligível no acampamento Marisa Letícia, de Curitiba: o companheiro vazou.


Toffoli assume provisoriamente a presidência do STF no final deste mês, quando Cármen Lúcia, por viagem de Temer, ocupará a chefia do governo. Os petistas esperavam que nesse momento, como “plantonista” na presidência do Supremo, Toffoli se fosse espelhar no gesto do desembargador Favreto como plantonista do TRF-4. Pelo jeito, porém, a valer a  entrevista, essa expectativa faleceu.


Ainda segundo a coluna, Toffoli teria dito a colegas que, ao assumir a presidência do STF em setembro, não pautará, antes do final das eleições de outubro, ações que questionam a prisão após condenação em segunda instância.


Parece, não mais do que parece, que a pressão nacional contra a eleição de Toffoli para a presidência do STF, iniciada pelo jurista Modesto Carvalhosa, está dando resultado junto a colegas do ministro e, indiretamente, atinge Toffoli obrigando-o a falar.


O engano de Toffoli


Contudo, a mobilização foi mal interpretada pelo aspirante ao posto. A mobilização contra ele quer algo bem elementar e racional: que a presidência do STF não seja assumida por quem não reúne as menores condições para estar no Supremo. Basta isso (por enquanto).