O HELICÓPTERO JURÍDICO NÃO CONSEGUIU DAR FUGA A LULA
Aquele helicóptero jurídico que tentou descer no pátio da carceragem da Polícia Federal de Curitiba para dar fuga a Lula levantou uma poeira que vai demorar muito a baixar.
A decisão do presidente do TRF4, revogando as determinações do desembargador ex-petista foi lida por todas as pessoas de bom senso como a fragorosa derrota de uma estratégia de seriedade mais do que duvidosa.
É o que parece. No entanto, para os petistas, essa “decepção” está longe de ser lida como derrota. Lula voltou ao noticiário, os que andavam deprimidos se reanimaram e o jogo continua por outros caminhos.
O que estamos vendo é uma característica da esquerda em geral e do petismo em particular: todo insucesso é mera etapa de uma “luta” sem fim rumo ao horizonte da vitória. Ou seja, tudo se passa como se o partido fosse imbatível e, em vista disso, não desiste nunca de qualquer de suas intenções e objetivos políticos.
Por isso, considerar que o PT “foi derrotado” é conduta imprudente, que abre flanco para um contra-ataque logo ali adiante. Observe a história e veja que o partido em questão jamais bate em retirada, jamais acusa ou aceita uma derrota.
Só há um jeito de derrotar o PT: deixá-lo à mingua de votos nas urnas, de púlpito nas igrejas, de estrado nas salas de aula e de espaço nos meios de comunicação. Se você ponderar essas quatro condições verá que todas implicam necessariamente uma ampla rejeição social. Na democracia é assim.