E COMO VAI A SAÚDE, DR. JOAQUIM?
Percival Puggina
Quem não lembra de Joaquim Barbosa, ministro do STF, contorcendo-se na poltrona ou dirigindo os trabalhos de pé, mal humorado, licenciando-se para cuidar de suas dores lombares? Alegando esses problemas, acabou aposentando-se em 2014, aos 59 anos de idade, após cumprir 11 anos no cargo ao qual foi guindado logo no início do governo Lula. Poderia permanecer na função, se quisesse, até completar 75 anos, em 2029. Preferiu cuidar da própria vida.
Agora, quer ser presidente da República. Filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro, o que demonstra inequívoca opção por uma ideologia da qual o Brasil precisa se libertar se quiser futuro melhor para seus filhos. E desponta bastante bem colocado na recentíssima pesquisa Datafolha que o posiciona em quarto lugar, à frente de Alckmin e Ciro Gomes, e atrás de Lula, Bolsonaro e Marina Silva.
Impossível não perguntar ao novo candidato: Como vai a saúde, Dr. Joaquim? Passaram as dores? O humor melhorou? A presidência da República seria uma “desaposentadoria”?
Será que nenhum jornalista vai perguntar isso?