SEPÚLVEDA PERTENCE ESTÁ DEVENDO PARA LULA
Percival Puggina
Tornou-se público e notório que a contratação de Sepúlveda Pertence para atuar como seu advogado foi uma jogada de Lula e dos que atrás dele se escudam e defendem. Tornara-se óbvio que Cristiano Zanin era uma figura mais preocupada com o discurso político e com o engomadinho da própria imagem do que com as teses jurídicas a defender. Errou a mão. Enfrentou mais os magistrados do que o processo.
Enfim, essa foi a impressão geral e parece ter sido, também, a de Lula que apostou alto, então, na contratação de Sepúlveda Pertence, um experiente e idoso jurista que foi procurador-geral da República e presidente do STF.
No entanto, frustraram-se as expectativas do contratante. A jogada de Sepúlveda - habeas-corpus preventivo no STJ - levou uma goleada de cinco a zero que veio coroar a anterior recusa da ministra presidente do Supremo a recebê-lo para uma conversa.
Nem Lula, nem Sepúlveda esperavam por essas. Personalidades como o advogado em questão costumam valer muito exatamente pela facilidade com que obtêm audiências ao pé do ouvido dos julgadores. No entanto, após os últimos incidentes desse processo, sabe-se que uma coisa é ser ex-presidente do STF. Outra é ser advogado de um réu como Lula.