PERDEMOS 13 ANOS, EM 13, COM O 13.
Percival Puggina
Durante mais de uma década tivemos que ouvir as lideranças petistas se referirem ao legado de seu antecessor como uma "herança maldita" que haviam conseguido reconduzir ao caminho da prosperidade. Omitiam, como de hábito, o que não lhes convinha reconhecer: os números da economia brasileira em 2002 refletiam as péssimas expectativas do mercado em relação ao inevitável governo Lula.
Pois eis que passados 13 anos, o dólar volta ao patamar de R$ 4,00, o PIB cai pelo segundo ano consecutivo (desta feita chegando a 4% negativos), o desemprego cresce, o país perde o grau de investimento e a inflação retorna a dois dígitos, segundo admite a própria Agência Brasil, na matéria transcrita abaixo. Perdemos 13 anos em 13.
IPCA: inflação oficial fecha 2015 em 10,67%
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o último mês de 2015 com variação de 0,96%, resultado 0,05 ponto percentual abaixo da taxa de novembro (1,01%).
Com o número de dezembro, o IPCA de 2015 encerrou os 12 meses do ano com alta acumulada de 10,67%, resultado 4,16 pontos percentuais acima do teto da meta inflacionária fixada pelo Banco Central, de 6,5%. A taxa de 2015 é a maior desde 2002, quando atingiu 12,53%.
Os dados relativos ao IPCA foram divulgados há instantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) .
Mesmo com a desaceleração de novembro para dezembro, a taxa do último mês de 2015 foi a mais alta para o mês de dezembro desde os 2,1% de dezembro de 2002. Em dezembro de 2014, chegou a 0,78%.
Em 2014, o IPCA fechou o ano em 6,41%, ficando abaixo do centro da meta fixada pelo Banco Central, de 6,5%. A inflação de 2014 já havia sido a mais alta desde 2011.