• 29/07/2014
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CASO SANTANDER - O ANALISTA, O GOVERNO DILMA E O BANCO


 O que mais chamou a minha atenção nesse episódio não foi que uma análise sobre conjuntura sócio-econômica tenha causado tamanho rebuliço e desconforto nas altas esferas governamentais. Eu sei que essas esferas devem apreciar muito mais as "Análises de Conjuntura" elaboradas pela assessoria da CNBB e publicadas, acriticamente, no site da Conferência. A essas, em algumas edições, só falta pedir um Pai Nosso e três Ave-Marias pela reeleição de Dilma.

 O que me chama a atenção é o fato de um banco ser constrangido, pelo poder do governo central da República, a demitir o analista e a alterar para pior o trabalho de quem que nada mais fez do que analisar o cenário e apontar seu prognóstico. Em outras palavras: o ex-analista do Banco Santander cumpriu seu dever funcional afirmando que os indicadores nacionais que devem ser positivos são descendentes, que os indicadores que devem ser descendentes não param de subir, e que, na manutenção das atuais políticas, a situação só pode piorar. O Santander, pressionado pela repercussão que o governo burramente produziu, afirmou, contra toda realidade, que as coisas vão bem e só podem melhorar.

E viva a mentira, a simulação, a enganação. Afinal, é tempo de eleição e o império da mentira vai fazendo suas vítimas.