• 05/07/2017
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A Venezuela já está sob um governo totalitário e comunista.

 

PARLAMENTO DA VENEZUELA É INVADIDO POR APOIADORES DO GOVERNO MADURO


El País


Vice-presidente havia convocado a população para ir à Assembleia, a qual acusou de traição.

Apoiadores do Governo de Nicolás Maduro invadiram, nesta quarta-feira, a sede da Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição, e agrediram deputados e visitantes que participavam de uma sessão solene comemorativa dos 206 anos da Declaração de Independência do país.

De acordo com relatos, o ataque começou às 11h50, no horário local, uando manifestantes pró-governo, que até então rodeavam discretamente o prédio, invadiram o Palácio Federal Legislativo, no centro de Caracas. Jornalistas, funcionários da Assembleia e parlamentares foram alvo de agressões e roubos. No momento em que esta matéria era escrita, pelo menos cinco deputados estavam feridos: Nora Bracho, Armando Armas, Américo De Grazia, Luis Padilla e José Regnault Hernández, todos da oposição. Ainda eram ouvidos ruídos de explosivos nas imediações, ao lado da Praça Bolívar de Caracas e das sedes da Chancelaria, do governo da capital e do Palácio Arcebispal.

No momento da invasão, ocorria na Assembleia a sessão comemorativa da assinatura da Declaração de Independência, em 5 de julho de 1811, quando representantes das províncias que então constituíam a Capitania Geral da Venezuela, reunidos em Congresso, proclamaram sua separação da Coroa espanhola.

No entanto, desde que, nas eleições de dezembro 2015, a oposição reunida sob a Mesa da Unidade Democrática (MUD) conquistou a maioria absoluta no Parlamento, o Executivo chavista, que obrigou o Supremo Tribunal a declará-lo em desacato, se recusa a participar de eventos do Legislativo.

Por isso, foi uma surpresa — e, talvez, uma demonstração do poder dos símbolos — que na manhã desta quarta-feira tenha comparecido, na mesma sede da Assembleia, o vice-presidente Tareck El Aissami para homenagear a ata e convocar os simpatizantes de Maduro a se aproximarem do Parlamento. “Que o povo a pé venha a este salão para prestar juramento de novo e assumir esta proclamação para conduzir nosso país, nos tempos futuros, a uma grande vitória. É hora do povo”, disse, “é a hora do revolucionários”. El Aissami incitou a reação contra aqueles que, segundo a propaganda do Governo, “pretendem entregar o país aos interesses obscuros do imperialismo”. “Aqueles que vão ficando pelo caminho por traições, ambições e por projetos pessoais, que fiquem. Para cada traidora ou cada traidor, virão bilhões de revolucionários para levantar a bandeira de Bolívar e de Chávez para continuar a empurrar esta causa”, afirmou.

Foto - Juan Barreto (AFP)