• 02/03/2017
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(Nota do editor: o fato que deu origem a este texto do empresário Roberto Rachewsky não aconteceu. A saída da FNAC é um boato, sabe-se agora. No entanto, o que o texto afirma sobre o ambiente de negócios no Brasil é absolutamente verdadeiro e as considerações feitas são muito pertinentes).

A FNAC CANSOU
Roberto Rachewsky

 

A cadeia de lojas francesa FNAC, uma das maiores distribuidoras de eletrônicos, livros, Cds e Dvds do mundo, cansou de, em nome do governo brasileiro, extorquir seus clientes com os impostos escorchantes embutidos nos preços de seus produtos.

 

Cansou de pagar pela metade seus trabalhadores, depois de ter confiscado a outra metade a mando do governo brasileiro, para quem é obrigada a entregar a parte que restou retida.

 

Cansou de fazer o trabalho de preencher infindáveis formulários com infindáveis informações para entregá-los atendendo prazos incompatíveis com qualquer noção de economia e razoabilidade, o que exige investimentos que se demonstram desperdício de recursos com batalhões de contabilistas, assessores, especialistas em TI e advogados civis, tributários e trabalhistas.

 

Cansou de lidar com a burocracia e a taxação excruciante definidas pela legislação alfandegária, subjetiva e arbitrária, que exige que o empresário pague um resgate pelas mercadorias das quais é proprietário, para tê-las à disposição para, depois de muita espera, poder vendê-las.

 

Cansou de ver seus clientes e funcionários, refugiarem-se em shopping centers para, inutilmente, tentarem escapar de assaltos, roubos e até assassinatos.

 

Cansou de estar à mercê de achacadores, políticos, fiscais, sindicatos e outros espécimes de uma fauna que abunda no Brasil e é popularmente chamada de parasitas do esforço alheio.

 

O Brasil está cansando quem poupa, investe, produz, trabalha e comercia.

 

Quem é John Galt?