• 07/01/2017
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ESSES MOÇOS, POBRES MOÇOS
Genaro Faria

Em algum momento de nossas vidas, inevitavelmente, nós perceberemos que ela é muito curta. E essa percepção é tão maior quanto mais sejam os anos que tenhamos vivido. Como disse Mark Twain, que foi o primeiro literato americano, "o que dá sentido à vida é o amor; e mesmo para amar a vida é só um instante".

E Jorge Luis Borges ensinou que, "aos vinte anos, todos nós somos eternos" . É por isso que os jovens, que algum dia todos nós fomos - num tempo nos evoca tanta saudade - são o alvo preferencial dos que os manipulam. Eles são eternos.

Por isso ninguém melhor que um jovem para ser seduzido pelo ódio. O amor é um sentimemto sublime. A natureza humana, sem esse hálito divino, sequestraria a nossa dignidade. Que só pode sustentar-se na fé, na consciência de nossa eternidade.

Nosso corpo nos avisa - e a memória de tantas pessoas queridas que a povoam homologa o infinito que o intelecto não é capaz de cogitar - que o grande salto que precisamos dar é para dentro de nós mesmos.

O salto da humildade que nos engrandece.

Mas nossos moços, pobres moços, consultam menos a si mesmos - ao mistério divino que os fez únicos - do que aderem, estupidamente, a uma fantasia que explora seus sentimentos até que não lhes reste nem uma só gota de coragem para contrastar seus opressores.