DESARMAMENTO E BEIJAÇO GAY
Percival Puggina
Na tarde ontem, na Assembleia Legislativa, ocorreu um importante painel para debater o Estatuto do Desarmamento. O que aconteceu é frequente no Brasil. Quando a esquerda assume uma determinada pauta e não consegue através do poder legislativo, ela tenta o decreto. Se o decreto não sai, vão atrás de uma portaria. Se nem assim adianta, buscam alguma organização internacional, alguma declaração conjunta, o, até mesmo, como aconteceu com o aborto - uma simples norma técnica. O Estatuto do Desarmamento, como pauta nacional da esquerda, pretendia desarmar totalmente a população civil proibindo a venda de armas e munições em todo o país. Como esse artigo do projeto foi derrubado no referendo nacional de 2005, a regulamentação fez o resto do serviço: quem quiser ter uma arma precisa superar verdadeira corrida de obstáculos. E fazer a corrida uma vez por ano, pagando taxas extorsivas. A população ordeira entregou centenas de milhares de armas e os bandidos não entregaram um canivete sequer.
Pois o evento de ontem na Assembleia visava discutir o Projeto de Lei 3722/2012, que tramita na Câmara Federal e pretende promover adequações no referido estatuto. Houve pronunciamentos, entre outros, de parlamentares, integrantes do Ministério Público, órgãos de classe, representantes e membros de clubes de tiro e autoridades policiais. Importantes teses e argumentos foram debatidos. No entanto, enquanto se desenrolava o evento, um grupo de manifestantes resolveu promover um "beijaço" de protesto. E acabou no centro das notícias...