PRONATEC DEVERÁ CORTAR 80% DAS VAGAS EM 2015, CONTRARIANDO A BALELA DA “PÁTRIA EDUCADORA”
(Matéria de ucho.info)
O jornal Valor Econômico informou na última sexta-feira (29 que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) pode ter 80% de vagas a menos em 2015. O programa, que ofereceu 600 mil bolsas em 2014, deve ter somente 80 mil neste ano. A medida foi criticada pelo deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB). De acordo com o tucano, a redução no programa de acesso ao ensino técnico demonstra que o governo federal age com foco errado em seu objetivo de cortar custos.
“Em vez de agir de maneira mais intensa no combate à corrupção ou mesmo de diminuir o tamanho da máquina pública extremamente inchada, o governo corta justamente um programa que poderia trazer mais qualidade de vida às pessoas”, afirmou Cunha Lima, para quem a população está mais atenta e “não irá aceitar” esse tipo de decisão.
Na campanha eleitoral de 2014, Dilma Rousseff usou o Pronatec como uma de suas principais vitrines. A petista chegou a sugerir o programa a uma economista, com pós-graduação, que em um debate se queixou do desemprego no País.
Além da redução no número de inscritos, há várias reclamações de escolas técnicas em relação aos atrasos nos pagamentos feitos pelo governo federal às instituições, inclusive, algumas escolas não receberam nenhum pagamento nos últimos cinco meses. O deputado ainda afirma que o quadro reflete que o governo Dilma tem, somados aos destacados problemas de corrupção e inchaço, uma atuação caracterizada pela incompetência.
“Esse governo se perdeu no afã da manutenção do poder e atua puramente sem nenhum planejamento. Há uma completa incapacidade de governar, o que fica nítido em situações como essa”, finalizou.
Para Dilma Rousseff, que estreou no segundo mandato sob o manto do slogan enganador “Pátria Educadora”, o corte de vagas no Pronatec é o que se pode chamar de tiro no pé. Como sempre acontece em regimes totalitaristas, a educação não passa de uma farsa para ludibriar a opinião pública, pois aos autoritários sempre interessa a ignorância da maioria da população. Até porque, só assim conseguem se perpetuar no poder. No contraponto usam programas sociais como anestésico da consciência alheia. (Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)