• 22/09/2016
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NO COLÉGIO PEDRO II, MENINOS E MENINAS ESCOLHEM SE QUEREM USAR UNIFORME MASCULINO OU FEMININO


Percival Puggina

 

 Essa é mais uma das tantas coisas engraçadinhas que acontecem no Brasil, um país onde, graças ao dedicado empenho de cada uma nesse sentido, as instituições perderam o respeito social.

 

 Em 12 de janeiro de 2015, a "presidenta" do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), editou uma portaria determinando que "as instituições e redes de ensino" garantissem a seus alunos de todas as idades o direito de serem tratados, escolherem uniforme masculino ou feminino e usarem os banheiros em conformidade com essa escolha e não com o sexo biológico. A ideologia de gênero começava a ganhar espaço no âmbito da administração pública. E começava pelas instituições de ensino. Por que não as Forças Armadas? Pois é. Ademais, se gênero é uma coisa imprecisa e cambiante, por que essa teimosia com o uso da palavra "presidenta", senhora presidenta (hoje ex-presidenta, imagino) do CNCD/LGBT? Por que não presidentx?

 

 Essas intenções já rolavam na pauta legislativa brasileira havia vários anos e apareceram com destaque no Programa Nacional de Educação submetido ao Congresso Nacional em 2014. Ali, meses depois da referida portaria, nossos parlamentares aboliram do PNE todas as referências a questões de gênero.

 

 No Brasil, porém, qualquer burocrata militante partidário passa por cima do Congresso Nacional (é isso que dá quando se mistura partido político com administração pública distribuindo cargos de confiança). A burocracia petista incrustada no Ministério da Educação ainda tentaria, então e em vão, empurrar a ideologia de gênero para os planos estaduais e municipais de educação. Felizmente, a matéria enfrentou forte rejeição nacional sendo apoiada apenas por militantes da causa, que não se constrangem de agir sobre as mentes infantis e invadir esfera de responsabilidade das famílias.

 

 Não bastasse isso, agora é um diretor de colégio que decide aplicar no âmbito do Pedro II, no Rio de Janeiro, uma portaria caduca, que perdeu validade por se contrapor ao que foi decidido por ampla maioria do Congresso.

 

Maliciosamente, as ditas políticas de gênero correspondem a uma ideologia segundo a qual gênero seria uma construção social, de modo que as crianças deveriam ser educadas sem sexo definido para fazerem e desfazerem suas escolhas durante seu crescimento. Aqui e aqui, você pode se informar mais sobre isso e sobre a decisão legislativa brasileira.