• 21/09/2016
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FELIZMENTE, OS GOVERNOS BOLIVARIANOS SE AFASTAM DO BRASIL. XÔ!


Percival Puggina

 

 Sempre tive a certeza de que os governos petistas diziam muito sobre si mesmos ao externarem, por tiranos e tiranetes comunistas ibero-americanos, um apreço que jamais revelaram pelas verdadeiras democracias com as quais o Brasil mantém relações. Escrevi vários artigos mostrando que esse apreço era político e ideológico, nada tendo a ver com os respectivos povos nem com democracia. Portanto, ao deixarem o plenário da Assembleia Geral da ONU durante o discurso do Michel Temer, o bom senso nos leva a afirmar, pelo viés oposto, que prestaram uma reverência ao Brasil, ao seu governo, ao nosso Estado de Direito e à nossa democracia. São governos com estatura política típica de grêmios estudantis tomados pela esquerda.

 

 Deixaram o plenário as delegações de Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Costa Rica e Nicarágua. Que tal? Como a Assembleia é formada por 193 membros, os desgostosos agiram em desconformidade com 97% da Assembleia. E quem são os governantes que instruíram suas delegações a "afrontar" o Brasil? Todos se enquadram em um leque bastante estreito de alternativas pela esquerda. Vão do autoritarismo (Costa Rica, Equador e Bolívia) à tirania (Cuba, Venezuela) e do socialismo ao comunismo. Nesses dois espectros cabem todos. E a Nicarágua? Bem, o militante comunista Daniel Ortega instalou em seu país um sandinismo familiar e um sistema de compra de apoios que faz lembrar o lulismo brasileiro.


Durante os governos petistas, à exceção da Costa Rica, os demais países aborrecidos com o governo de Michel Temer receberam vultosos investimentos em infraestrutura financiados com recursos do BNDES. Esses financiamentos têm tudo para constituir parte do grande escândalo em investigação criminal no Brasil.


Desse bloco sem modos nem juízo, já desembarcamos nós brasileiros, os paraguaios, os argentinos. Não há mal que sempre dure.