O ATO "SUBVERSIVO E DEMOCRÁTICO" DA DEPUTADA JANDIRA FEGHALLI
Percival Puggina
Não fez muito sucesso o vídeo da deputada federal Jandira Feghalli (PCdoB/RJ), candidata a prefeita da antiga capital federal, flagrada em atividade de rua enquanto pichava "Fora Temer" num painel, acompanhada de outros militantes. Inquirida sobre o que fazia, a parlamentar afirmou tratar-se de um "movimento da subversão contra o golpe e pela democracia no Brasil".
Ao reconhecer o caráter subversivo do ato, ela mostrou ter consciência de que se tratava de uma ruptura com os padrões de conduta que devem orientar as ações políticos dentro do Estado de Direito. Como integrante de um partido comunista, tais ditames de nada lhe valem. Os comunistas não se sentem obrigados a seguir regras com as quais não concordem. A "democracia" a que ela se refere nada tem a ver com o conceito usual e universal da palavra. O que os comunistas designam como democracia (todas as repúblicas comunistas se proclamam democráticas e populares) são ditaduras de uma elite partidária, supostamente operária e camponesa. Em todas se reproduz o que acabou acontecendo durante o governo petista: a ascensão do dito proletariado serviu para o enriquecimento dessa elite e para a restrição das liberdades da população.