• 13/07/2016
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NA VENEZUELA SOCIALISTA A VIDA É UMA DROGA (PARA USAR TERMO BRANDO)
Percival Puggina

 Se alguém tem dúvidas sobre o tipo de estrago que podem fazer a um país políticas como o chavismo, o socialismo, o bolivarianismo, o comunismo, o castrismo -  ou seja, qualquer versão dessa gororoba ideológica -  creio que a vida dos venezuelanos, a rápida degradação social, política e econômica do país, ajudam a resolver.

 A excelente matéria produzida in loco pelo jornalista Leo Gerchmann, de ZH, e publicado na edição do último fim de semana (9/07) está aí para isso. Tem o título "Venezuela no fim da fila" e retrata um desastre completo: inflação a 700% ao ano; escassez de tudo (de alimentos a medicamentos) gerando filas quilométricas análogas à da URSS até seu desfazimento; um governo violento e totalitário; índice de criminalidade duas vezes maior do que o brasileiro; êxodo da população jovem. A Venezuela, onde Lula, Dilma e os petistas confraternizavam com Chávez e Maduro, onde Lula dizia "haver democracia até demais", é um belo país tropical onde falta açúcar e farinha de milho e o presidente faz campanha para fechar o Congresso!

 É claro que para a retórica dos comunistas de lá e daqui, a culpa é dos outros. Assim como a análoga miséria cubana é atribuída "ao terrível bloqueio ianque", o insucesso da experiência venezuelana é atribuída ao "boicote dos capitalistas".
 Fiquemos com essas duas afirmações. E concluamos: no comunismo, quando o capitalismo desiste, a vida vira uma droga. Para usar termo brando.