• 20/04/2016
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PALHAÇO ENGANA LULA, VOTA A FAVOR DO IMPEACHMENT E MOSTRA QUE GOVERNO DILMA CHEGOU AO FIM.
Redação Ucho.Info 
 


Após o deputado federal Tiririca (PR-SP) votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no último domingo (17), o ex-presidente Lula, que continua como quase ministro, fez um desabafo inconformado. "Esse cara esteve comigo hoje. Como ele faz isso? Ele ia votar com a gente".

"Senhor presidente, pelo meu país, meu voto é sim", afirmou Tiririca durante a sessão. Foi a primeira vez que o palhaço e dublê de deputado fez uso do microfone do plenário da Câmara, após quase seis anos como parlamentar.
Sentado em uma das salas de reunião do Palácio da Alvorada, Lula teria dito à "companheira" Dilma que havia recebido Tiririca na manhã de domingo, no quarto do hotel transformado em lupanar político do governo. "Ele ia votar com a gente", repetiu Lula. Dilma balançou a cabeça negativamente, dando a entender que estava consciente das traições.

Assessores presidenciais tentavam mapear os "traidores", não apenas entre deputados do PP, mas também no PR, PMDB e outras siglas. Somente PT e PC do B não traíram o governo. Concluiu-se ali que a voz das ruas não estava com Dilma, além do clima que se instalou no plenário, favorável ao impedimento da petista, que influenciou deputados como Tiririca, que foi ovacionado pela oposição após dizer "sim".

Outro deputado que esteve no bunker anti-impeachment, que Lula montou em elegante hotel de Brasília, foi o deputado Paulo Maluf (SP). Ele era contrário ao impeachment da presidente, mas mudou de ideia durante a comissão especial da Câmara. Lula tentou, sem sucesso, reverter mais uma vez o voto de Maluf.

O ex-presidente recebeu alguns "nãos" na capital dos brasileiros, o que influenciou no antecipado desânimo do governo em relação à votação, como noticiou o UCHO.INFO horas antes do início da sessão dominical da Câmara.
A derrota do governo na votação sobre a admissibilidade do processo de impeachment mostrou que Lula perdeu o seu conhecido poder de barganha ou traçou uma equivocada estratégia de negociação. Um dos votos que surpreendeu o ex-metalúrgico foi o do deputado federa Adail Carneiro (PP-CE), assessor especial do governador Camilo Santana (PT-CE). Carneiro foi exonerado para votar contra o impeachment, mas acabou votando a favor do impedimento da presidente, a quem pediu desculpas.

No momento em que um palhaço – que ainda não mostrou a que veio como deputado – consegue enganar um político experimentado como Lula, nomear o petista para a Casa Civil é armação contra eventual prisão no escopo da Operação Lava-Jato, caso não seja um sinal de desespero de um governo moribundo que aguarda a extrema-unção.