Segundo o The Gap Report, feito pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, o número de novos casos de infecção cresceu 11% no Brasil entre 2005 e 2013, período durante o qual cerca de 42 mil pessoas contraíram o vírus. Estima-se que três em cada mil brasileiros sejam portadores da doença.
É fácil entender por quê. Infelizmente, no Brasil, quando se fala em prevenção da AIDS e em educação sexual, toda o esforço didático está posto na fisiologia e no preservativo de borracha para evitar gravidez indesejada e contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Nenhuma palavra é dita sobre a enorme responsabilidade inerente ao ato sexual.
Conhecidas as características da AIDS, seria de imaginar que o governo e os meios de comunicação investissem em campanhas visando a combater as causas. Mas não. O que mais se vê é um constante e sedutor estímulo à promiscuidade e ao desregramento, desde a mais imprudente idade. Isso é o mesmo que promover, para segurança no trânsito, uma campanha assim: "Pise fundo no acelerador, mas use cinto de segurança".