Vídeo pela Internet (muito mais barato) começa a afetar TV por assinatura
A SOBERANIA DO LIVRE MERCADO (MELHOR RECEITA PARA ACABAR COM PRÁTICAS ABUSIVAS)
Percival Puggina
Há bom tempo, a TV por assinatura faz o que quer no mercado, estribada numa regra impositiva: "Você tem que pagar por 250 canais se quiser assistir 10% deles". E mais: "Se deseja dispor desses canais em outros lugares da própria habitação tem pagar por ponto extra". E vai pagar caro.
Trata-se uma prática muito parecida com a "venda casada". Quer uma geladeira? Então tem que comprar um freezer, um frigobar, um cooler e um balde gelo.
Pois eis que a Folha do dia 13 traz a boa notícia: o vídeo pela Internet começa a afetar a televisão no mundo todo. Trata-se de um relatório do Instituto Reuters, da Universidade de Oxford, com dados referentes ao período entre 2011 e 2015 nos EUA. Transcrevo, abaixo o conteúdo principal da matéria da Folha:
"A TV paga caiu de 100,9 milhões de domicílios para 97,1 milhões, enquanto o vídeo OTT cresceu de 28 milhões para 50,3 milhões. O Brasil não é destacado no estudo, mas as assinaturas de TV paga recuaram no ano passado após uma década de crescimento, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações): A queda foi de 3%, passando de 19,6 milhões em dezembro de 2014 para 19 milhões em dezembro de 2015. Não há dados abertos sobre assinaturas OTT no país, mas a Anatel registrou que as assinaturas de banda larga fixa cresceram de 24 milhões para 25,6 milhões no mesmo período, apesar da crise."
"Além de um "grande ano para o Netflix", o Reuters Institute prevê a estreia do "streaming" da Apple, "finalmente", e o aumento nos serviços via internet das operadoras, como Verizon."
MINHA PREVISÃO
É evidente que os perdedores no mercado vão buscar socorro no ....??? Acertou: no governo.
NOTA
OTT é a sigla para "over-the-top", o tipo de serviço prestado pela NETFLIX e pelo iTunnes