• Percival Puggina
  • 29/01/2022
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VACINAÇÃO INFANTIL E A CHIBATA DOS VERDUGOS

Percival Puggina

 

         Assim como há escritórios de advocacia que só atuam perante o Supremo Tribunal Federal, existe em Brasília um partido político que, como tal, faz política perante o STF. É a Rede, ou, com nome e sobrenome, a Rede de Sustentabilidade.

Foi a partir de mais uma ação impetrada pela Rede que veio a determinação para que os MPs estaduais, através de seus membros, atuem no sentido de fiscalizar a vacinação infantil contra Covid-19 e impor sanções aos pais que não vacinarem suas crianças com mais de cinco anos.

Parece-me que essas autoridades não entenderam a natureza do problema. Para elas, pais que se recusem a vacinar seus filhos, ou são ignorantes e precisam da ação do Estado, ou são relapsos e precisam de sanção, ou estão em desprezível atitude político-ideológica e não merecem respeito algum.

O ECA é uma lei de 1990. Tanto o Estatuto quanto o leitor destas linhas quando falam em vacinação infantil têm em mente doenças graves, entre as quais algumas típicas dessa faixa etária, como coqueluche, rubéola, poliomielite, etc. São as vacinas benditas, eficazes, realmente imunizantes, largamente testadas. De fato protegem a saúde das crianças imunizando-as. Não as expõem ao risco de efeitos colaterais desconhecidos e surpreendentes. Não são de uso emergencial e experimental (conclusão estimada para o ano de 2026), com bulas em frequente alteração. No caso da vacina contra a Covid-19, temos uma doença que não é tipicamente infantil. O número de casos é proporcionalmente muito inferior ao da população adulta. Tudo isso gera insegurança.

É um equívoco gravíssimo aplicar a esses pais competência constitucional do MP utilizada para atos gravíssimos, como abuso sexual e violência doméstica. Estamos tratando, aqui, de vacina experimental e emergencial!

Ouvi de vários pais as palavras insegurança e incerteza, em misto com o temor da doença. São esses sentimentos reais e contraditórios que suscitam neles sinceras dúvidas. São pais responsáveis, zelosos e preocupados sobre como proceder para o melhor bem de seus pequenos. Esses genitores em nada se assemelham aos fantasmas que povoam a mente de algumas autoridades no Brasil real. Autoridades, aliás, tão possuídas por seu próprio poder que deixaram de lado sentimentos como empatia e  compaixão. Trocaram a espada da Justiça pela chibata dos verdugos? É isso?

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 


Roberto Elias Costa -   02/02/2022 14:10:59

Sr. Percival, excelente sua iniciativa. Devemos lutar contra o pensamento único. Peço licença para repetir aqui um comentário que postei hoje no MidiaSemMascara: O §1º do art. 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que determina a vacinação compulsória das crianças e adolescentes é inconstitucional. As vacinas são procedimentos nos quais há risco. Em 2011, ao julgar o caso Bruesewitz v. Wyeth LLC, a Suprema Corte dos EUA decidiu que as vacinas são “inevitávelmente inseguras" (http://www.supremecourt.gov/opinions/10pdf/09-152.pdf ). Logo, não se pode expor as crianças e adolescentes a esse risco. O próprio Estatuto, em seu artigo 22, reconhece que as pais cabe guardar os filhos. Ora, expor os filhos ao risco das vacinas é contra o interesse deles. Vai contra a doutrina da "proteção integral" que norteia a Justiça da Infancia e Juventude. Se há risco, deve haver possibilidade de escolha. Esse artigo de lei não é apenas inconstitucional, mas imoral.

Wagner Lopes -   01/02/2022 14:36:10

Dizer que questionar é ir contra a ciência não passa de imbecilidade. Não leram nem a bula, e saem comprando narrativas de quem se beneficia da venda de vacinas. Mas está tudo escrito e registrado. O tempo trará a cobrança adequada a esses incautos.

Pedro Fattori -   01/02/2022 10:24:55

Ser contra por ser contra considero uma imbecilidade. Ir contra a ciência é achar que o seu lado é que está totalmente certo. Nunca apreciei o 8 ou 800, nem que o lado cotrário está sempre errado... Já imaginou se os dois não estiverem totalmente certos? Ou errados...?

LAURA TEIXEIRA MOTTA -   31/01/2022 17:13:45

Para começar, nem sequer são "vacinas", e sim, por enquanto, substâncias experimentais usadas em caráter emergencial, com efeitos colaterais perigosos já conhecidos e sabe-se lá que outros ainda desconhecidos. Nem o próprio laboratório se responsabiliza pelos efeitos dessas inoculações. Esta na bula. Coagir os pais a permitir essa inoculação é crime.

Sergio jardim -   31/01/2022 08:59:08

se é sabido que nada está confirmado. que não temos certezas e sim muitas dúvidas sobre as vacinas. como obrigar o cidadão inalar uma substância que o próprio fabricante não se garante. que mundo é esse? a liberdade do cidadão está sobre altíssimo risco.

Marcos Scheffer -   30/01/2022 22:59:27

Triste realidade decorrente de um período em que 7 era melhor de u7

Iara M. Waengertner -   30/01/2022 14:34:36

Bravo Puggina! Colocação direta!!! ????

FERNANDO A O PRIETO -   30/01/2022 05:57:55

Difícil deizer quem é o pior - os "juízes" (que se metem a inventar leis), os "representantes" (deputados, senadores, vereadores) que COVARDEMENTE se ajoelham às " "autoridades" (há muito tempo deveríamos ter visto , pelo menos, a VOTAÇÃO EM PLENÁRIO do Congresso do "impeachment" de um juiz do "Iluminado" STF)... Mas a covardia predomina. Não votemos mais em nenhum desses - é o mínimo que podemos fazer.

Menelau Santos -   29/01/2022 21:35:52

O Congresso vê suas prerrogativas sendo sequestradas e não faz nada. Pra que vou votar nesses caras de novo?