• Percival Puggina
  • 25/06/2018
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SEDUÇÃO E DOMINAÇÃO CULTURAL

 

 Você já reparou no quanto a esquerda detesta o Brasil? Observe o mimimi histórico que nos é despejado em salas de aulas e em fake analysis da mídia ideologicamente manipulada: o Brasil explorado, suas riquezas drenadas, “veias abertas” ao longo dos séculos por um colonialismo de péssima origem, que nada de bom produziu e a ninguém dignifica. Bem ao contrário de todos os povos, o brasileiro é ensinado a se constranger de sua história e a repudiar suas raízes. Rotos nossos elos com o passado, o mesmo mimimi se volta para as sujeições internas, para a odiosa burguesia europeia, branca, machista, racista, capitalista e sei lá mais o quê. Tudo construído para que nos vejamos como cachorros vira-latas, uns palermas necessitados da inteligência, sagacidade e discernimento dos “intelectuais” e políticos que disponibilizam esse condensado de desinformação.

Você jamais ouvirá uma só palavra que nos dignifique. Elogiam a latino-americanidade, a pátria grande do Foro de São Paulo e da UNASUL, e vilipendiam nossas origens ibéricas e lusitanas. Nessa infeliz preleção, o pequeno Portugal, cujo território é uma terça parte do Rio Grande do Sul, que foi o primeiro Estado Nacional europeu, torna-se objeto de ressentimento e desprezo. Oculta-se o fato de aquela minúscula nação se haver erguido à liderança mundial nos séculos XV e XVI, assumido a tarefa quase impossível de povoar o continente brasileiro e trazido a civilização ocidental e cristã a esta parte do mundo. Aliás, minimiza-se a própria importância dessa civilização que nos proporcionou idioma, fé e cultura. Até a comemoração dos 500 anos do Descobrimento foi repudiada!

Grandes figuras da nossa história precisam sumir em breves referências que não exaltam sua importância e, menos ainda, os propõem ao reconhecimento e à gratidão nacional: José Bonifácio, Pedro I, Maria Quitéria, Diogo Feijó, Duque de Caxias, Barão de Mauá, Pedro II, Barão do Rio Branco, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa. Eles e tantos outros, em qualquer país que os contasse entre seus filhos, seriam credores de louvor e admiração. No contrapelo, os que viram pelo avesso nossa história oferecem o culto a José Dirceu, José Genoíno, Carlos Marighella, Luís Carlos Prestes...

Por isso, multidões se emocionam com os vídeos do Brasil Paralelo. Eles enfatizam nossa dignidade, nossos méritos, os fundadores da pátria. Sobram-nos razões para o justificado orgulho nacional que todos os povos têm e no qual fundam parte de suas energias. Não somos filhos da macega! Não se trata de ocultar recantos sombrios de nosso passado (qual país não os tem?), mas de fazer o que os demais fazem, valorizando os muitos aspectos positivos para neles cravar raízes e com eles estabelecer nossa identidade nacional.

A conta política da história mal contada se materializa em submissão aos narradores que também se apresentam como redentores da riqueza nacional. Em cinco séculos, apenas os 14 anos de governo petista mereceriam respeito. Tenho ouvido, como sedutor relato contado e aprendido, que o Brasil tem riquezas abundantes das quais e graças às quais todos poderiam viver na fartura. É parte do processo de dominação cultural preservar e reforçar a atitude dependente e subalterna em relação ao Estado, entendido como inesgotável provedor de nossas necessidades comuns e de nossa segurança individual. O Estado precisa ser grande e forte para que à sua sombra possamos viver em meio a muitas estatais, empregos públicos e pressuroso atendimento de todas as demandas sociais. Os sedutores que nos querem dominar se apresentam como portadores desse cardápio de muitos direitos e escassos deveres, a preços de liquidação, embora no delivery só disponibilizem miséria e totalitarismo.

 

* Percival Puggina (73), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o Totalitarismo; Cuba, a Tragédia da Utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.

 


Isac -   30/06/2018 11:25:45

AS ESQUERDAS POR SEREM TOTALITARISTAS - COMO O ISLÃ - SÃO ESSENCIALMENTE APÁTRIDAS, COMPROVANDO COMO SÃO IGUAIS NO BÁSICO O COMUNISMO, NAZISMO E FASCISMO - 3 IRMÃOS GEMEOS, FILHOS DO MESMO PAI E MÃE - DA MAÇONARIA! Para os comunistas não existem fronteiras e querem apenas que exista um governo mundial, globalista, onde imperará o marxismo de forma total e absoluta; dessa forma, todas as nações, se assim conseguissem, seriam automaticamente eliminadas. Os comunistas têm também a mania de tentarem nos intimidar chamando-nos de FASCISTAS, no entanto, os verdadeiros FASCISTAS são eles mesmos, pois na 2ª Guerra Mundial os ditadores Hitler -Mussolini-Stálin eram aliados uns dos outros e a revirada da Alemanha x a Russia se deu por causa de Hitler querer dominar a Russia e implantar a hegemonia total da Alemanha sobre ela, nada mais, como por possuir muito petroleo. Aliás, o papa Bento XVI classificou o trio diabólico acima de CHUVAS ÁCIDAS, classificou o nazismo e o fascismo de PESTES NEGRAS e ao comunismo de PESTE VERMELHA e todos tributarios da MAÇONARIA!

Izabel do Carmo de Oliveira Zamperlini -   28/06/2018 17:19:21

Ficaria muito satisfeita se toda vez em que essa gente odiosa e mal intencionada fosse exaltar o comuno esquerdismo e seus representantes, tivesse que explicar por que o Brasil não se transformou neste paraíso se tiveram 14 anos e todos os mecanismos para isso...

Eliana -   26/06/2018 00:47:53

Ótimo texto.

Fernando A. O. Prieto -   25/06/2018 16:24:07

Mais uma vez agradeço por seu lúcido e oportuno artigo. Quantas verdades relevantes em tão pouco espaço! Mas não é só o Brasil que a esquerda odeia: Há outros alvos, entre eles o Cristianismo. Ela tentou, infelizmente com um certo sucesso, devido à acolhida de muitos, fracos no conhecimento ou cúmplices conscientes, infiltrar-se na organização da Igreja, provocando desvios doutrinais como a "Teologia da Libertação" e assemelhados...Em plano mundial, prestigia certos "líderes" como Fidel Castro, Che Guevara, Mao TseTung, Trotsky, Lenin, Stalin e muitos outros, tidos por alguns ingênuos como "idealistas" que no início tinham bons propósitos, mas se perderam na aplicação de práticas... Enfim, em nossos dias pretensamente "esclarecidos" e "bem-informados", tenta promover uma lavagem cerebral em todas as sociedades do planeta, convencendo a todos de que seus "valores" são os corretos, ao invés dos valores tradicionais, que são eternos....Triste idade a nossa... Deus nos ilumine para que possamos combater eficazmente este mal!

Dalton Catunda Rocha. -   25/06/2018 15:10:44

Trecho do livro "1984" de George Orwell: "O passado depende do futuro."