• Fabio Blanco
  • 07/08/2011
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O ATIRADOR NORUEGUÊS E O ÓDIO DA IMPRENSA SECULAR

O ATIRADOR NORUEGUÊS E O ÓDIO DA IMPRENSA SECULAR Fabio Blanco O caso do Norueguês que matou mais de oitenta pessoas em uma ilha de seu país é emblemático, porém, menos pelo modus operandi do atirador e pelas motivações que parecem tê-lo conduzido ao feito, do que pela reação midiática ante a tragédia. É impressionante como praticamente todos os órgãos de imprensa afirmaram que o assassino era um fundamentalista cristão, posicionando-o em uma suposta ala do cristianismo onde estariam os mais perigosos seres humanos que podem existir. Como se os tais fundamentalistas cristãos fossem idênticos aos fundamentalistas islâmicos. Mais ainda, como se existissem esses tais fundamentalistas cristãos apontados por eles. A tática é antiga: todos aqueles que são radicais, violentos, segregacionistas, xenófobos e não socialistas, se não forem islâmicos, logos são encaixados dentro da denominação de cristãos fundamentalistas. Ainda que eles não frequentem uma igreja, ainda que não sigam absolutamente nada do que as Escrituras Sagradas ensinem, ainda que sequer se digam cristãos, os meios de comunicação correm para estigmatizá-los como malvados cristãos conservadores. Isso, com efeito, é apenas a demonstração de como o cristianismo é odiado. Quando a mídia chama de cristão um terrorista, ela apenas está deixando claro quem é o seu inimigo, projetando o seu próprio ódio, exteriorizando o seu rancor. Agem como uma criança que tem seu lanche furtado da mochila e corre para denunciar aquele garoto estranho que senta na última fileira, apenas por que ele é diferente. E fazem isso lançando mão de uma associação estúpida entre cristianismo e nazismo, ou neo-nazismo. Quem estudou um pouquinho de história sabe que o nacional socialismo não tem nada a ver com o cristianismo e se alguma vez usou palavras usurpadas do vocabulário cristão, não fez nada diferente do que o próprio socialismo ateu já não tinha feito. Aliás, o nazismo, como seu próprio nome indica, tem seus fundamentos sociológicos e políticos muito parecidos com os do socialismo, como pode ser bem visto nas páginas dos livros de Jonah Goldberg: Liberal Fascism e Viktor Suvorov: O Grande Culpado. (...) Acontece que o norueguês não era cristão e nem se dizia cristão. O ótimo texto traduzido pelo Julio Severo, em seu site, mostra isso claramente. Não havia qualquer traço de cristianismo nos escritos dele, mas, sim, algo mais ligado às ideias nazistas que, como já disse, nada têm de cristãos. Por que não o chamam de extremista nazista simplesmente ou outro nome que lhe caiba melhor. Por que cristão? Não parece óbvia a razão? É notório que há um ódio em relação ao cristianismo disseminado por toda a sociedade secular e bem estampado, principalmente, nos órgãos de imprensa. Quando há a mínima chance de condenar, de expor, de rebaixar, a mídia, os críticos e articulistas seculares não se detém, e atiram, contra seus inimigos, com tamanha virulência com palavras quanto o terrorista norueguês o fez com balas.