• Maria Lucia Victor Barbosa
  • 08/12/2008
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LULA DA SILVA E DERCY GON?LVES

Dercy Gon?ves era uma atriz popular que fazia da esculhamba? fator de seu sucesso. Lula da Silva ? presidente da Rep?ca que buscando o sucesso esculhamba para ser popular. O que os faz semelhantes? O uso de palavr? pois n?sei se Dercy era alco?ra. O que os faz diferentes? Dercy, a debochada, n?estava investida da autoridade do mais alto cargo da Rep?ca. Lula da Silva est? Pode ser que tenha se tornado politicamente correto usar palavr? Que seja interpretado como preconceito criticar o presidente por ele esbanjar palavras de baixo cal?que passam pelos tradicionais “p...m”, “p...rra” e mais recentemente o “sifu”. Lembre-se ainda do “ponto G” que o presidente brasileiro agraciou o companheiro Bush ou outros gracejos e gracinhas, ditos no auge do entusiasmo que ocorre nos palanques de onde ele s?sce para viajar ao exterior. Os “adornos” ling?icos com os quais Lula da Silva entremeia suas falas por sinal muito aplaudidas, talvez possam ser explicados por conta de sua origem sindical e petista. Como ele nunca sabe de nada, certamente ainda n?percebeu que deve ser comportar como presidente da Rep?ca e n?como l?r de metal?cos. Nesse caso, falta algu?do cerimonial ou de sua intimidade palaciana que ouse lhe dizer que n?fica bem um presidente t?sem educa?, t?sem compostura, t?grosseiro. Enfim, que ele n??ercy Gon?ves nem animador de audit? e que porta de f?ica ?ealidade diferente de Pal?o do Planalto. Mas se algum corajoso advertir Lula da Silva sobre a impropriedade de seu comportamento, sobre a necessidade de controlar seus rompantes, provavelmente et?cos, sobre os limites entre o humor e bo?idade, poder?m troca receber um ou mais palavr?com “argumenta?s” mais ou menos assim: “sou um sucesso, sou a cara do povo e como o povo fala palavr? o que me identifica com meu eleitorado, vou continuar e ningu?tem nada com isso”. Mas ser?ue o povo brasileiro fala tanto palavr? Depende do lugar, como um est?o de futebol, na hora em que o juiz rouba para o time advers?o. Em algum momento da intimidade familiar ou de amigos. Diante de certos transtornos do cotidiano como exclama? de contrariedade. Mas n??omum nas conversas di?as soltar o “verbo diarr?o”. Tamb?dele n?costumam fazer uso, profissionais em geral ao se dirigir aos seus clientes ou pacientes, autoridades em cerim?s p?cas. Com exce?, ?laro, do governador do Paran?Roberto Requi? que prima pela linguagem desabrida e pelo estilo truculento Naturalmente, alguns membros do governo Lula da Silva s?seguidores do chefe. ?o caso de Marco Aur?o Garcia, celebrizado por gestos obscenos. E de madame Favre ou Suplicy com seu imortal “relaxa e goza”. Como a primeira-dama parece ter sido agraciada com o sil?io obsequioso, n?se sabe se tamb?segue o estilo Dercy Gon?ves, mas se pode imaginar o que ?uvido nas reuni?do PT, quando cadeiradas s?desferidas democraticamente No mais, os ministros de Lula da Silva t?ca? ?pencas por corrup?, mas n?costumam falar palavr? pelo menos em p?co. Alguns at?odem ter pensado em algum “sifu”, como Jos?irceu ou Palocci, mas, se pensaram, engoliram em seco. Em todo caso, digamos que a imensa popularidade de Lula da Silva transforme seu linguajar chulo em moda. Voc?iria a uma pessoa: “bom dia”. E ela responderia: “v? m...”. E assim por diante. Tudo muito natural. Tudo politicamente correto. E coitado daquele que se queixasse de quem o insultou. O preconceituoso seria preso por crime hediondo e inafian?el. Ali? na era Lula da Silva o correto, o certo, o elegante ?uebrar escolas e bater nos professores. Invadir propriedades produtivas e destruir o patrim? alheio. Exacerbar a viol?ia, inclusive nas torcidas de futebol. E chic mesmo hoje em dia ?er assaltado. Morrer ?spera de atendimento do SUS, de dengue ou de bala perdida, de prefer?ia gritando um palavr?no derradeiro momento, seguido do brado “viva Lula”, esse grande inaugurador de um Brasil feito de mentira, de propaganda enganosa, med?re e vulgar. Consola saber que ainda existem, brasileiros dignos. A trag?a que se abateu sobre Santa Catarina mostrou comoventes exemplos de solidariedade e de coragem da popula?, dos bombeiros, dos militares, de todo o pa?que se mobilizou para ajudar as v?mas. E se a dor dos catarinenses que perderam parentes, casas, pertences, permanece insepulta, o Estado j?e levanta, reorganiza o caos, retoma o trabalho e a produ?. Enquanto isso Lula da Silva, cujo governo n?agiu preventivamente em Santa Catarina para impedir a cat?rofe, prossegue apenas discursando, gracejando, proferindo improp?os para o g?io da plat? de bajuladores. Perto dele Dercy Gon?ves ?anta. * Soci?a.