• Percival Puggina
  • 26/04/2009
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COMO SE DECOMP? UMA NA?O

Em seu relat? de 2008, a International Transparency situa o Brasil em 80º lugar, com nota 3,5 sobre 10, no ranking da corrup?. Estamos nivelados com Burkina Faso, Marrocos, Ar?a Saudita e Tail?ia. Perdemos at?ara a Nam?a, Tun?a e Gana, pa?s onde as pr?cas s?consideradas mais corretas do que aqui. ?constrangedor o que o mundo pensa de n?Estou convencido, caro leitor, de que temos a obriga? moral de enfrentar essa pauta, refletindo sobre a realidade que os n?os expressam. ?inten? deste artigo, portanto, identificar o que nos conduz a t?lament?l reconhecimento mundial. Em contradi? com a opini?de muitos, penso que o povo brasileiro ?e boa ?ole. Nossa gente, em sua imensa maioria, tende a agir bem. Mas vem sendo submetida, essa boa gente, de modo sistem?co, a uma estrat?a perversora, cujo longo e tenebroso roteiro pode ser agrupado nos quatro conjuntos de a?s que exemplifico a seguir, sem esgotar a pauta: 1. A?s pelo imp?o do “politicamente correto”. Elas envolvem tolerar tudo, sempre, exceto a opini?do Papa. Combater a disciplina e jamais dizer “n? a si mesmo. Rejeitar a no? de limites. Inibir o exerc?o da autoridade nas fam?as, escolas, institui?s p?cas e privadas. Abrandar as penas, tornar morosos os processos. Instaurar o imp?o da impunidade. Assumir, como crit?o de ju?, a ideologia segundo a qual as v?mas da criminalidade s?socialmente culpadas, ao passo que os bandidos s?inocentes porque a sociedade os obriga a ser como s?(tese do Marcola que coincide com o esp?to da ?ma Campanha da Fraternidade). Matreiro, Macuna?, o her?em car?r, piscar? olho. 2. A?s contra a identidade nacional. Elas envolvem reescrever a hist? do Brasil de modo a promover a cultura do ajuste de contas, da vingan?e do resgate imediato de d?das caducas. Denegrir o passado, borrar a imagem dos nossos grandes vultos, construir est?as para bandidos e exibir, como novos modelos da nacionalidade, os peitos e bundas dos her?e hero?s do BBB. Macuna? esbo??m sorriso. 3. A?s contra a alma e a consci?ia das pessoas. Elas envolvem rejeitar, combater e, quando isso for in?, tornar irrelevante a id? de Deus. Sustentar que pecado ?onceito medieval e que coisas como bem e mal s?muito relativas, dependentes dos pontos de vista e da forma? de cada um. Declarar obsoletos o exame de consci?ia, a coer?ia com a verdade e a retifica? das condutas. Aceitar como v?do que o erro de um sirva para justificar o erro de outro. Canonizar o deboche e debochar da virtude. Combater a Igreja desde fora, pela via do ate?o militante, e desde dentro, invadindo os semin?os com literatura marxista. Macuna? rir?eu riso desalmado. 4. A?s contra a virtude. Elas envolvem atacar a institui? familiar, ambiente essencial ?ransmiss?dos valores e assemelh?a a uma coisa qualquer. Tornar abundante a vulgaridade. Servir licenciosidade e erotismo ?nf?ia e colocar a maior autoridade do pa?a distribuir camisinhas no carnaval. Evidenciar a inutilidade da Lei, tornando n?do, por todos os meios, que uns est?acima dela, que outros, sem quaisquer consequ?ias, vivem fora dela e que outros, ainda, s?credores do direito de a descumprir. Macuna?, o her?em car?r, rolar?o ch? ?gargalhadas. ZERO HORA, 26 de abril de 2009