É tão triste quanto espantoso o número de policiais mortos no cumprimento do seu dever, em confrontos com o crime, para proteção da sociedade e manter ainda tremeluzente a chama da supremacia da lei. Sucedem-se os fatos, passam-se os dias, e cai sobre cada óbito o soturno silêncio da banalização. Nenhum porta-voz da esquerda local vai aos microfones condenar a brutalidade criminal, solidarizar-se com familiares dos mortos. Nenhum cronista bate dedos o teclado do computador para expressar sua compaixão pelos agentes da lei. Nenhum sociólogo de plantão, nenhuma ONG promotora de direitos humanos diz algo a respeito. No entanto, com quanta freqüência se lê sobre a “brutalidade das ações policiais”!
Não passa pela cabeça de quem quer que seja – surpresa minha! – indagar quais os materialmente mais desfavorecidos nesses confrontos. Os policiais ou os bandidos? Quem tem mais dinheiro no bolso? Quem porta a arma mais sofisticada? Quem é mais “oprimido”? Quem está do lado da sociedade e quem está contra ela?
A brutalidade criminal ocorre todo dia, toda hora, com requintes de crueldade, não respeitando criança, menor, mulher, pobre, rico, juiz de direito ou policial. No entanto, quando um destes últimos, no arriscado exercício de seu dever, sob fogo dos bandidos, dispara sua arma, matando ou ferindo algum deles, logo sai para a rua o bloco dos pacifistas seletivos, pronto para condenar a "truculência" dos agentes da lei. E eu já não me surpreendo mais com isso. Portanto, chega de brutalidade criminal! Policial também é gente e tem direitos humanos!
Que fique claro. Toda pessoa é detentora de direitos inalienáveis. O criminoso decai de alguns direitos civis, mas não perde sua condição humana e não deve ser objeto de maus tratos. Mas é inaceitável demasia atribuir-lhe, no choque com as forças da lei, prerrogativas e zelos que a estas se recusa. Tal mentalidade entrega ao crime parcelas cada vez maiores de nossas cidades. Olhe à volta, leitor, e saiba: tem gente por aí que, sob motivações ideológicas, acha tudo muito conveniente e joga o jogo da tolerância para com o crime e da intolerância para com a ação policial. Use seu voto para afastá-los do poder.
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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.
José Nei de Lima - 13/12/2017 19:08:22
Só com o voto consciente mudaremos velhos padrões de fazer política no Brasil.Osvaldo da Silva Melo - 11/12/2017 16:36:05
Falta pouco para ser cumprido no Brasil os 10 mandamentos do comunismo.Joma Bastos - 09/12/2017 13:48:59
É uma mortandade nas forças policiais. É a violência a massacrar as forças policiais. No ano de 2017 está previsto, segundo as estatísticas das forças policias, ente 600 a 700 policiais mortos em decorrência da profissão, algo como dois por dia. Uma estatística aterradora. O Estado com maior massacre de policiais é o Rio, uma média de 17 mortos por mês. Algo bárbaro. A violência abateu-se sobre o Brasil. Tem uma taxa anual de homicídio de 30(trinta) por cada 100.000 habitantes. Para comparar, a UE tem uma taxa de aproximadamente 1(um) e os Estados Unidos de 4(quatro). A violência está a alastrar por todas as mais importantes cidades do Brasil. Dos 60.000(sessenta mil) homicídios anuais, somente 10% deles - 6.000(seis mil) - são julgados e 5% condenados. Quer dizer que andamos com mais 50.000(cinquenta mil) homicidas por ano sem serem condenados e circulando por este Brasil. É gravíssimo!Genaro Faria - 09/12/2017 12:47:11
A motivação é sempre a mesma e nunca é a que se alega, pois ela é inconfessável. Os defensores dos direitos que supostamente estariam sendo violados pela polícia são os mesmos que simpatizam com o terrorismo. Também são os mesmos que defendem, ardorosamene, tiranos assassinos, genocidas e brutais opressores dos direitos que nos foram dados pelo nosso Criador, quais sejam, o direito à vida e à liberdade de escolha, o livre arbítrio. E eles estão hospedados nos mesmos aparelhos que, por igual, também jamais revelam sua verdadeira natureza e identidade. Mas hoje, a não ser para os dementes e os que são carentes de um mínimo de descortino político, eles são facilmente identificáves pela ideologia que os abriga sob diversas e convenientes denominações. Ou diversos tons de vermelho.Mário - 09/12/2017 12:45:58
Perfeito!