COERENTE TOTAL
Os fortes rumores que estão sacudindo o mercado financeiro e de capitais dão conta de que o governo Dilma, ainda na sua versão 1.0, continua sendo absolutamente coerente. Ou seja, a presidente se mantém firme na sua forma estúpida, ou incompetente, de governar.
CAMINHO ERRADO
Ou seja, para tentar fechar as contas públicas do próximo ano, a presidente Dilma deve se decidir pelo velho, surrado, equivocado, triste e errado caminho do aumento de impostos.
PACOTE DE MALDADES
Segundo informa o jornal Folha de São Paulo de ontem, 01/12, o governo federal estuda incluir no pacote de aumento de tributos para ajuste de suas contas além da cobrança de PIS/Cofins sobre produtos importados também uma alta na taxação de cosméticos.
CIDE
Uma vez confirmadas, só estas duas medidas podem render R$ 5 bilhões extras em 2015. Além disso também está sendo fortemente cogitada pela equipe econômica do governo,a volta da CIDE (contribuição que regula o preço dos combustíveis), o que produziria uma arrecadação de R$ 14 bilhões.
ERRO IRREPARÁVEL
Como bem esclarece a equipe responsável pelo Movimento Brasil Eficiente, do qual o Pensar+ é apoiador de primeira hora, mais uma vez o governo (estupidamente coerente) comete um equívoco, por optar por aumento de impostos para tentar resolver seus problemas de caixa.
O erro de Dilma tem uma explicação que está no DNA do seu governo: A DESPESA PÚBLICA TOTAL, que aumentou escandalosamente em cada um dos seus anos de mandato, obrigando se praticar uma escalada tributária que mata a geração de caixa das empresas.
TRIBUTAÇÃO COMPLEXA E EXCESSIVA
Todas as pesquisas divulgadas por institutos internacionais mostram perda de competitividade do Brasil. E todas elas evidenciam a tributação complexa e excessiva na raiz do problema.
O cenário da indústria e, de resto, o nível das expectativas dos empresários estão muito dependentes de sinalizações práticas do governo no segundo mandato de Dilma que, em boa medida, ainda não aconteceram.
MAIS DO MESMO
Por enquanto, como bem informa o MBE, o mercado é embalado por pura esperança de uma renovação apenas pelos nomes anunciados da equipe econômica. A notícia de que a nova equipe pretende fazer o ajuste pelo aumento de impostos é mais do mesmo. Sem uma mudança na política fiscal e tributária, continuaremos perdendo espaço na economia mundial.
A sinalização de responder de modo incisivo e direto ao enorme desafio de eficiência na gestão pública, controle da corrupção e desperdício ainda não aconteceu.
A CNBB é parte ativa da "Coalizão pela Reforma Política Democrática e ELEIÇÕES LIMPAS". O destaque no nome do grupo é proposital. Porque, se a conferência dos Bispos está mesmo empenhada em promover a lisura do processo eleitoral, então ela tem o dever de se manifestar sobre este que reelegeu a Presidente Dilma Rousseff - pronunciar-se sobre:
(1). As diversas denúncias de fraude, registradas em todo o território nacional (Cf. [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/11/eleicoes-em-cheque-uma-coletanea-de.html]);
(2). A participação da SMARTMATIC no sistema eletrônico de votação, uma empresa cubano-venezuelana já acusada de promover fraudes eleitorais inúmeras vezes;
(3). A apuração secreta determinada por um ministro altamente suspeito: o senhor Dias Toffoli, o advogado do PT que conduziu as eleições como presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral);
(4). A ILEGALIDADE do PT, que viola a norma constitucional e eleitoral por estar vinculado e subordinado a uma organização internacional: ao Foro de São Paulo, fundado em 1990 por Lula e por Fidel Castro para promover o projeto de poder socialista-comunista na América Latina (Cf. Constituição Federal, art. 17, e Lei 9.096-95, art. 28).
E não é só isso. A CNBB - que mantém um silêncio sepulcral sobre questões que já demonstram: não foram "ELEIÇÕES LIMPAS" coisíssima nenhuma - promove uma proposta de reforma política que contraria integralmente a doutrina, os princípios e orientações da própria Igreja Católica. Um projeto de lei que maquia o fortalecimento do totalitarismo petista-socialista-comunista e insere nas instâncias decisórias da vida pública uma série de ONG´s e "movimentos sociais" que pregam a luta de classes, que estão envolvidos em atividades criminosas, comprometidos com a ideologia de gênero, com a legalização das drogas e a implementação definitiva do ABORTO - do ASSASSINATO DE CRIANÇAS - no país. Um projeto de lei de iniciativa popular que, para legitimá-lo, contém assinaturas recolhidas na base da ameaça e da intimidação.
Enfim, se a CNBB está realmente disposta a reivindicar "eleições limpas", então ela não deve apenas se pronunciar sobre as denúncias que colocam a reeleição de Dilma Rousseff em cheque; a CNBB deve abandonar imediatamente a tal "Coalizão pela Reforma Política Democrática", porque a proposta apresentada pelo grupo é ela mesma uma fraude.
NOTA.
Católico, EXIJA da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil a fidelidade à Igreja, ASSINE e COMPARTILHE esta petição: "Pela retirada da CNBB do projeto de Reforma Política e Plebiscito Constituinte" [http://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR77163].
ARTIGOS RECOMENDADOS.
BRAGA, Bruno. "Padres pregam proposta de reforma política. Fiéis, não assinem!" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/07/padres-pregam-proposta-de-reforma.html].
______. "O porta-voz comunista da reforma política celebrada por padres" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/07/o-porta-voz-comunista-da-reforma.html].
______. "A reforma política da CNBB. Católicos, não assinem!" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/08/a-reforma-politica-da-cnbb-fieis.html].
______. "CNBB firma PACTO com Governo PETISTA: promover a reforma política SOCIALISTA-COMUNISTA" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/08/cnbb-firma-pacto-com-governo-petista.html].
______. "'O Chefe' convoca a militância para a reforma política da CNBB" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/08/o-chefe-convoca-militancia-para-reforma.html].
______. "O 'poder econômico' no projeto de reforma política da CNBB" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/09/o-poder-economico-no-projeto-de-reforma.html].
______. "Ameaças e intimidações para promover Reforma Política. E agora, CNBB?" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/11/ameacas-e-intimidacoes-para-promover.html].
______. "CNBB se associa a bando que atacou a sede da Editora Abril para reivindicar Reforma Política 'democrática'" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/11/cnbb-se-associa-bando-socialista.html].
A gigante JBS-Friboi, empresa que foi presenteada pelo BNDES com mais de R$ 10 bilhões do dinheiro dos brasileiros sem garantias efetivas durante o governo Lula, agora conta com novo apoio do governo Dilma: uma medida provisória assinada na calada da noite por Dilma que pode arrasar os pequenos frigoríficos, tirando-os do caminho da JBS-Friboi e abrindo caminho para o monopólio absoluto. A tal MP transfere integralmente para o governo federal, via Ministério da Agricultura, o controle do serviço de inspeção dos produtos de origem animal (gado, peixes, aves, leite, salsicha, mel, etc). Atualmente, a fiscalização e liberação de licenças para funcionamento é dividida com estados e municípios, levando-se em conta o tamanho e abrangência da comercialização. Por exemplo, um frigorífico que abate apenas 10 cabeças por dia e vende somente em seu município, é fiscalizado pelos agentes do município. No RS, 60% dos municípios têm seus serviços de inspeção municipal. Centralizar a inspeção no governo federal será uma medida catastrófica. Na verdade, trata-se de um golpe urdido em Brasília e altamente lesivo à nossa economia.
A União não tem a mínima estrutura para isso, o que ocasionaria falta de inspeções e de concessão de licenças, levando a um aumentando da informalidade e do abate clandestino, transformando pequenos empresários em foras da lei. Sem falar no impacto negativo na geração de empregos, renda e desenvolvimento. As pequenas empresas não terão como fazer as adequações à legislação federal - por não ter escala e condições econômicas - e poderão quebrar. A quebradeira do setor seria tão ruinosa para a economia quanto salutar para a JBS-Friboi, que ficaria de dona absoluta das carnes produzidas no Brasil. Obrigado Dilma. A JBS-Friboi agradece.
Não por acaso, a JBS-FRIBOI foi a maior doadora da campanha eleitoral de 2014 – para todos os partidos e candidatos - ultrapassando a cifra de R$ 50 milhões. Muitos deputados defensores do agronegócio receberam somas vultuosas para a campanha. Espera-se que não fechem os olhos para essa bandalheira. Ingenuidade acreditar? O BNDES tem sistematicamente impedido auditoria nos empréstimos com dinheiro público à gigante das carnes. Quem afirma é o TCU (Tribunal de Contas da União). Os brasileiros têm o direito de saber.
Nem mesmo o Ministério da Agricultura sabia da Medida Provisória e sequer foi consultado sobre o ato. A Associação Brasileira de Frigoríficos também não sabia. Aliás, quase ninguém sabia. Uns poucos sabiam. Todos imaginamos quem são.
As intenções do governo Dilma, que dá continuidade às do governo Lula, são escusas, criminosas com a economia brasileira e os pequenos negócios no ramo de carnes. A ação do governo vai beneficiar direta e indiretamente a JBS-FRIBOI, outrora um pequeno açougue, e é a pior possível em um mercado que visa ser competitivo é saudável.
É por essas e outras que cada vez mais um maior número de brasileiros renega aos produtos JBS-FRIBOI. Uma empresa que contrata a peso de ouro um vegetariano (Roberto Carlos) para fazer propaganda de carnes, realmente tem motivos de sobra para gerar desconfiança nos cidadãos deste país.
*Jornalista
Saímos às ruas para defender a democracia brasileira, seriamente ameaçada pelo projeto de poder totalitário do PT, instrumentalizado pelo Foro de São Paulo (organização terrorista que reúne partidos de esquerda e grupos criminosos do continente latino-americano) para implantar o bolivarianismo no Brasil e demais países da América Latina, sob o comando dos irmãos Castro.
Nosso movimento é pela democracia, pela soberania nacional, pela verdade, pela dignidade e pela liberdade. Sabemos que o PT está empenhado em extinguir as liberdades individuais, amparado no pior populismo e clientelismo, com as já evidentes consequências econômicas desastrosas, a generalizada degradação moral e a insegurança institucional, com o Estado e a sociedade civil aparelhados para uma hegemonia ideológica que coloca em risco as liberdades individuais.
O pleito de 26 de outubro, do segundo turno das eleições presidenciais, fez escancarar inúmeros casos de fraudes das urnas eletrônicas, em todas as partes do País. A própria “apuração secreta” no STF, por si só, já é fraude, invalidando a lisura e a transparência das eleições, independentemente de fraudes pontuais que a tenham acompanhado. Principalmente porque uma nação não pode abdicar do direito à transparência eleitoral e ser obrigada, em vez disso, a aceitar calada e subserviente a palavra de um funcionário altamente suspeito, elevado pelo governo à condição de oráculo infalível, e o parecer técnico de uma empresa já acusada de fraude em outros países.
O Foro de São Paulo (fundado em 1990 por Fidel Castro e Lula) decide, de fora do País, iniciativas do Executivo brasileiro que extirpam os poderes do Congresso Nacional, caracterizando improbidade administrativa, crime eleitoral e violação ostensiva da Constituição, como, por exemplo, os empréstimos ilegais a Cuba, Angola e outras ditaduras comunistas e sanguinárias. Com isso, consagra-se a ditadura petista em nosso País, travestida de democracia. É o que declararam os próprios golpistas do Foro de São Paulo, que o confessaram em assembléia deste ano, dizendo que é estratégia da esquerda latino-americana utilizar a democracia como “método revolucionário”, solapando ardilosamente, de modo sofisticado, as bases da própria democracia brasileira.
O impacto da fraude eleitoral foi o ápice da insatisfação geral, agravado pelo escândalo dos desvios de recursos da Petrobrás e da confirmação dos propósitos bolivarianos do PT (expostos, por exemplo, no decreto 8243, felizmente derrubado pela Câmara dos Deputados logo após a eleição). O sentimento geral do povo brasileiro é de indignação.
A imprensa fugiu da sua responsabilidade consagrada de informar, preferindo esconder-se na mais criminosa cumplicidade com os que ora se empenham na destruição da soberania nacional, esmerando-se em ocultar a primeira manifestação pró-impeachment, realizada em 1o. de novembro, distorcendo os fatos, desqualificando, ridicularizando e hostilizando os cidadãos brasileiros, todos, de cara limpa, que se manifestaram nas ruas, de modo pacífico e ordeiro.
Queremos aqui reafirmar neste manifesto que rechaçamos toda e qualquer proposta de separatismo e de golpe militar, pois queremos o Brasil unido e fortalecido democraticamente.
Queremos investigações cabais e a punição dos envolvidos nos casos de corrupção na Petrobrás; auditoria das urnas eletrônicas, especialmente do envolvimento da empresa Smartmatic com o TSE; rechaçamos a interferência do Estado para censurar a mídia, em especial a internet; queremos o fim da propaganda ideológica marxista nas escolas; e exigimos, ainda, que o Congresso Nacional investigue a atuação do Foro de São Paulo no Brasil e a participação criminosa da grande mídia no acobertamento dessa megaconjuração continental que tem o claro objetivo de espalhar por toda parte ditaduras nos moldes de Cuba. Escândalo dos escândalos, nesse quadro, é a grande força de cooperação militar do Conselho de Defesa Sul-Americano — as Forças Armadas da UNASUL —, para a qual os países membros contribuem com milhares de homens de suas Forças Armadas nacionais. Um imenso poderio militar sulamericano fiel ao comunobolivarianismo, que pode comprometer a paz do nosso continente e do mundo inteiro.
Todo o estado de coisas contra o qual nos voltamos atenta contra a legalidade e a soberania nacional. Queremos, com as nossas manifestações, salvaguardar a democracia e a soberania nacional, por um País livre e justo, com primazia da dignidade da pessoa humana e da irrenunciabilidade às liberdades civis, individuais e políticas.
Subscreve este MANIFESTO, conforme as diretrizes acordadas no hangout de Lobão, Prof. Olavo de Carvalho e demais lideranças dos seguintes Movimentos:
- Movimento Viva Brasil (Bene Barbosa)
- Movimento Brasil Livre (Paulo Batista)
- Revoltados on Line (Marcello Reis)
- Caras Pintadas (Fábio Borisati)
- Movimento Legislação e Vida (Prof. Hermes Nery)
As palavras "ética" e "moral" têm sua origem na Grécia e em Roma. Tornaram-se sinônimas de "bons costumes". Na realidade, ética (ethos), de etimologia grega, e moral (mos, moris), de etimologia romana, têm, todavia, conteúdo distinto pela própria conformação dos vocábulos. Nas nações onde surgiram, os gregos, mais especulativos que práticos - nunca conseguiram conformar um império, nem mesmo com Alexandre -, colocavam a ética no plano ideal, como se pode ler na Ética a Nicômano, de Aristóteles.
Os romanos, que graças à herança cultural grega, acrescida da instrumentalização do Direito, influenciaram a História do mundo com presença durante 2.100 anos (753 a.C. a 1.453 d.C.), quando da queda de Constantinopla, deram à palavra "moral" um sentido pragmático de aplicação real à vida cotidiana.
Pessoalmente, entendo que essa diferença de origem permite deduzir que "ética" e "moral" se completam - não aceito as diversas distinções que se fazem sobre a subordinação de um conceito ao outro -, sendo a "ética" a face da moral no plano ideal e a "moral" a face da ética no plano prático.
De qualquer forma, tanto durante o domínio de gregos quanto dos romanos, a ética e a moral eram símbolos dos bons costumes a serem preservados pelos governos. Infelizmente, já há longo tempo as noções de bons costumes, de ética e de moral deixaram de ser símbolos do governo brasileiro.
O episódio do mensalão apenas descerrou a cortina do que ocorria nos porões da administração federal, agora com a multiplicação de escândalos envolvendo diretamente os partidos do governo e de apoio, a principal estatal brasileira e inúmeras empresas, que, provavelmente, seriam mais bem enquadradas na figura penal da "concussão" (pagar à autoridade por falta de alternativa possível de atuar sem pagamento) do que na de "corrupção ativa" (corromper a autoridade para obter vantagem).
A própria propaganda oficial, para obter uma votação que deu à presidente apenas 38% dos votos dos eleitores inscritos - financiada pelos partidos mencionados nos desvios de dinheiro público e privado -, foi, segundo seus próprios articuladores afirmaram, lastreada na "desconstrução de imagens" e "ocultação da verdade", com o que, por ínfima margem, conseguiram a vitória a 28 minutos do encerramento da contagem oficial, quando a presidente ultrapassou o candidato da oposição, com quase 90% de votos apurados.
O marqueteiro, que se especializou em enganar o eleitor dizendo que a economia andava muito bem, sem dizer a verdade sobre o aumento do desemprego, a queda constante do PIB, o crescimento da inflação, as maquiagens do superávit primário, o déficit da balança comercial, a elevação dos juros - que ocorreu três dias depois do resultado -, o fracasso da contenção do desmatamento, além de outros inúmeros apelos populistas, conseguiu desconstruir "imagens" de cidadãos de bons costumes (Marina Silva e Aécio Neves) e iludir o povo que, por escassa margem de votos, outorgou à presidente mais um mandato.
Nesse mercado de ilusões, chegou a presidente a dizer que ela estava apurando as irregularidades ocorridas na Petrobrás, quando, na verdade, duas instituições, que não prestam vênia ao poder, é que o estavam fazendo, com competência e eficácia, à revelia da chefe do Executivo: a Polícia Federal e o Ministério Público. Se realmente pretendesse a apuração, não teriam seus partidos de sustentação torpedeado a CPI da Petrobrás.
Comentei - não me lembro para que jornalista - que a presidente deveria nomear seu marqueteiro para o Ministério da Fazenda, pois se iludiu o eleitorado sobre o PIB, emprego, desmatamento, moralidade, etc., deve saber iludir também os investidores, mostrando-lhes que a economia brasileira vai muito bem.
O certo, todavia, é que nunca na História brasileira houve tanta exposição de maus costumes governamentais como nos governos destes últimos 12 anos.
Se um empresário sofresse assaltos em sua empresa durante oito anos, em R$ 10 bilhões, e não percebesse nada, ou seria fantasticamente incompetente ou decididamente conivente. Quando presidi a Academia Paulista de Letras, meu saudoso confrade Crodowaldo Pavan perguntou-me se sabia quanto dura 1 bilhão de segundos. Disse-lhe que não sabia. Contou-me, então, que 1 bilhão de segundos correspondem a 31 anos e meio! Nós não temos dimensão do que seja R$ 1 bilhão. E já foram detectados desvios de, pelo menos, R$ 10 bilhões!!!
Compreende-se a razão por que o governo, acuado por tais escândalos, procurou editar o Decreto n.º 8.243/14 - felizmente derrubado na Câmara dos Deputados -, mediante o qual, no estilo das semiditaduras da Venezuela, da Bolívia e do Equador, prescindiria do Congresso Nacional para governar.
A tristeza que sentem todos os brasileiros que lutam por bons costumes na política, na profissão, em sua vida social e familiar, por verem o País assim desfigurado perante o mundo, não deve, todavia, inibir o povo de lutar contra a corrupção, o que se principia por diagnosticar o mal e combatê-lo, mesmo que isso implique o profundo desconforto de dizer que a presidente Dilma Rousseff governou atolada na pequenez pouco saudável de um governo ora incompetente, ora corrupto.
Como terá mais quatro anos para governar, que faça seu "mea culpa" perante a Nação e recomece a caminhada, sabendo escolher pessoas competentes, honestas, dignas e que estejam dispostas a fazer que seu governo passe à História bem avaliado, depois do desastre do primeiro mandato. Para isso deve abandonar o discurso da luta de classes, distanciando-se dos "progressistas" da Venezuela e de Cuba, que pretendem tornar todos os ricos, pobres. Que siga o exemplo dos "liberais" dos Estados Unidos e da Alemanha, que querem tornar todos os pobres, ricos.
Revista Época, 13/11/2014 19h20
Teste de história para o 3º ano do ensino médio, numa escola particular do Rio de Janeiro bem colocada no ranking acadêmico:
“O presidente eleito (FHC) governou o Brasil por dois mandatos, iniciando a consolidação da política neoliberal no país, principiada pelos presidentes Collor e Itamar Franco. Sobre os dois mandatos (1995-2002), pode-se afirmar que se caracterizam:
e) pelo limitado crescimento econômico; privatização das empresas estatais; diminuição do tamanho do Estado; e apagão energético, que levou ao racionamento e ao aumento do custo da energia.
A alternativa “e”, acima, é a resposta correta, segundo o professor que aplicou o teste. As quatro alternativas erradas são recheadas de bondades sociais, naturalmente identificadas pelos isentos elaboradores do teste com os governos do PT – muito distantes das maldades neoliberais de FHC. É muito grave o que acontece no Brasil. Um arrastão que mistura má-fé e credulidade empreende uma lavagem cerebral no país. Vamos repetir o termo, para destacá-lo da frase anterior, que ficou um pouco longa: lavagem cerebral.
O exemplo acima é um retrato triste, vergonhoso, do que se passa nas bases da civilização brasileira. A transmissão do conhecimento no Brasil está empesteada pelo vírus ideológico – aquele que sabota a cultura e prostitui a verdade. Nada, absolutamente nada, pode ser mais grave para uma civilização. A quebra da confiança no saber destrói uma sociedade. Quando os monstros nazistas e comunistas foram pegos na mentira, o flagelo social já estava consumado – com a complacência da coletividade.
O PT caminha para 16 anos no poder. Engana-se quem vê inflação e recessão como os piores produtos de uma gestão desonesta. O pior produto é o envenenamento das instituições – gradual, sorrateiro, letal. O brasileiro, esse ser dócil, acha que o julgamento do mensalão foi um filme de época. Recusa-se a perceber que aquele golpe (submeter o patrimônio público a interesses partidários) se aprofunda há 12 anos. O PT montou uma diretoria na Petrobras para a sucção bilionária do dinheiro do contribuinte. Qual é o grande escudo para mais esse assalto?
É a lavagem cerebral. O Brasil engole o assalto petista porque está embriagado dos clichês de bondade, associados aos heróis da vagabundagem. Eles são administrativamente desastrosos e contam com grande elenco de pilantras condenados, mas pelo menos não são “neoliberais de direita”. É esse o truque tosco do teste escolar aqui citado.
O que é uma “política neoliberal”, prezados mestres da panfletagem? Por acaso vocês se referem à abertura econômica do país, com o avanço de prosperidade dela advindo? Claro que não. Vocês citaram “neoliberal” como um palavrão, cuspido pelo filho do Brasil num desses palanques em que ele mora. Vocês não têm nem uma pontinha de vergonha de resumir os anos FHC a um “limitado crescimento econômico” – tendo sido esse o governo que deu ao Brasil uma moeda de verdade?
Não, ok. Vocês não têm vergonha de nada. Nem de escrever que, nesse período, se deu “a privatização das empresas estatais”. Como assim? Todas? Acrescentem ao menos: com exceção de empresas como Petrobras, Correios e Banco do Brasil, que permaneceram públicas para que os companheiros pudessem fazer nelas seus negócios privados. Vocês também poderiam, prezados mestres da educação brasileira, escrever que FHC privatizou a telefonia agonizante e, assim, melhorou a vida dos pobres. Não, desculpem: os pobres pertencem a vocês, e a seus patrões petistas. “Privatização das empresas estatais” – mais um palavrão ideológico, cuspido nos ouvidos de estudantes adolescentes. Prezados professores: vocês são uns covardes.
Nem merece retificação a referência ao “apagão” – que só aconteceu nas suas mentes obscuras. O que vocês devem admirar é a mentira progressista das tarifas de energia e gasolina, que finge dar ao consumidor o que rouba do contribuinte. Ou os truques da contabilidade criativa e do adestramento de dados no Ipea e no IBGE.
O país é hoje comido por dentro. Só passará no vestibular se responder a uma questão, antes de qualquer outra: Dilma sabia ou não sabia do petrolão? Tapem os ouvidos, prezados lavadores de cérebros.