• Carlos Newton
  • 17 Favereiro 2016


Publicado originalmente na tribunadainternet.com.br

No início de 2008, quando decidiu escolher Dilma Rousseff como sucessora, o plano do então presidente Luz Inácio Lula da Silva era evitar o surgimento de uma nova liderança no PT, continuar dominando o partido e voltar ao poder na eleição de 2014. Como a chefe da Casa Civil era desconhecida pelo grande público, ele a apelidou de “Mãe do PAC” e começou a fazer abertamente a campanha, antes do prazo legal. Contratou o marqueteiro João Santana, que trocou os óculos dela por lentes de contato, mandou mudar o penteado, sofisticou o vestuário e providenciou a reforma do rosto com o cirurgião plástico Renato Vieira.

Por antecipar a campanha, Lula foi multado várias vezes pela Justiça Eleitoral, não ligou, seguiu em frente. Lutou muito para elegê-la, escolheu pessoalmente o Ministério e começou a agir como se ainda continuasse na Presidência. Dilma aceitava, Lula jamais imaginou que essa situação pudesse mudar. Até que, em outubro de 2011, o ex-presidente foi diagnosticado com câncer na laringe e Dilma começou a se livrar da influência dele.

Lula passou meses num tratamento pesadíssimo, tinha dificuldades até para andar, apoiado numa bengala, mas conseguiu se recuperar totalmente e continuava confiante de que, em 2014, Dilma iria ceder a candidatura a ele. Surgia, assim, o movimento “Volta, Lula”, que tinha tudo para dar certo e contava com apoio irrestrito da Executiva, do Diretório Nacional e de todo o PT. Mas a presidente Dilma fincou pé e disse que a candidatura era dela
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UMA CARTA NA MANGA
Lula insistiu, ia disputar e vencer a Convenção Nacional, Dilma não teria a menor chance. Mas ela trazia uma carta escondida na manga e abriu o jogo, ameaçando revelar à imprensa todas as informações que possuía sobre Rosemary Noronha, a ex-chefe de Gabinete da Presidência em São Paulo, incluindo detalhes das viagens internacionais da segunda-dama e as compras realizadas com cartão corporativo no Brasil e no exterior. Xeque-mate. Lula teve de recuar e, humilhado, compareceu à Convenção Nacional do PT para defender a candidatura de Dilma à reeleição.

Lula perdeu a oportunidade de voltar à Presidência, chegou a romper relações com a sucessora, mas acabou tendo de se reconciliar e fazer nova campanha para ela, em nome da sobrevivência política dos dois e do próprio PT, que já estava submetido aos devastadores ataques da força-tarefa da operação Lava Jato.

Mais um ano se passou e tudo continua com antes. O governo Dilma tornou-se uma obra de ficção, com a economia se derretendo num cenário de juros, inflação, desemprego e dívida pública em alta, enquanto arrecadação e investimentos permanecem em queda. Para Lula e o PT, o quadro é ainda mais sinistro com o avanço das investigações da Lava Jato e também da Zelotes, que apura propinas no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda). E agora as denúncias já atingem o próprio Lula, amigos como José Carlos Bumlai, Léo Pinheiro e Marcelo Odebrecht, e até o filho caçula dele, Luís Cláudio Lula da Silva, um escândalo atrás do outro.

O PIOR ESTÁ PARA VIR
Tudo isso é rigorosamente verdadeiro e já foi publicado aqui na Tribuna da Internet. Estamos apenas recapitulando, porque, no caso de Lula, o pior ainda está para vir, porque a Justiça já determinou que sejam divulgadas todas as compras realizadas por Rose com o cartão corporativo, no período de 2003 a 2010. É consequência do mandado de segurança 20.895, impetrado pelo jornalista Thiago Herdy e pela empresa Infoglobo, um processo da maior importância que chega agora a seu estágio final.

Em 12 de dezembro de 2014, houve o julgamento no Superior Tribunal de Justiça, tendo como relator o ministro Napoleão Nunes Maia. O resultado não deixou margem a dúvidas. O acórdão do STJ assinalou que o não fornecimento dos documentos e informações a respeito dos gastos efetuados com cartão corporativo do governo federal, com os detalhamentos solicitados, “constitui ilegal violação ao direito líquido e certo do impetrante, de acesso à informação de interesse coletivo”, assegurado pela Constituição e regulamentado pela Lei de Acesso à Informação.

O GOLPE FINAL
A decisão do Tribunal acrescentou que “inexiste justificativa para manter em sigilo as informações solicitadas, pois não se evidencia que a publicidade de tais questões atente contra a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República ou de suas famílias”. O acórdão salientou também que “a transparência das ações governamentais deve ser um comportamento constante e uniforme”, acrescentando que a divulgação dessas informações seguramente contribui para evitar episódios lesivos.

Por fim, determinou “a prestação das informações relativas aos gastos efetuados com o cartão corporativo do Governo Federal, utilizado por Rosemary Nóvoa de Noronha, com as discriminações de tipo, data, valor das transações e CNPJ/Razão social dos fornecedores”.

É o que falta para destruir Lula. No dia em que forem divulgadas as compras feitas por Rose no cartão corporativo, o futuro político do criador do PT não valerá uma nota de três reais.
 

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  • Gilberto Simões Pires
  • 17 Favereiro 2016

Publicado originalmente em www.pontocritico.com

PROIBIÇÃO NADA SURPREENDENTE

Quem reside em Porto Alegre, ainda que tenha ficado indignado depois que tomou conhecimento de que a Câmara de Vereadores resolveu PROIBIR que bares e restaurantes coloquem recipientes com sal sobre as mesas, certamente não ficou minimamente surpreso.

SERES CELESTIAIS

Aliás, não é recente esta atitude dos vereadores de Porto Alegre, que imaginam ser SERES CELESTIAIS. Creem, pelas inúmeras proibições que aprovam, que vieram ao mundo, ou a Capital do RS, para cuidar da saúde dos porto-alegrenses. Fantástico, não?
 

SANEAMENTO BÁSICO

Ora, se realmente estivessem interessados em cuidar da saúde do povo, a primeira medida que os vereadores, assim como os políticos em geral, deveriam tomar, por unanimidade, seria a de BAIXAR IMPOSTOS.
A seguir, sem pestanejar, seria a de PROIBIR, imediatamente, que todas as residências deixassem de ter acesso ao SANEAMENTO BÁSICO.
 

SALÁRIOS

E uma terceira, que faria muito bem à saúde da sociedade como um todo, seria a Câmara de Porto Alegre aprovar, de imediato, a PROIBIÇÃO dos vereadores receberem salários para exercerem a função de representantes dos eleitores da Capital do RS.
Além de contribuir para a melhoria da saúde do povo, os vereadores ainda dariam um bom exemplo aos demais políticos do país.
 

SUBSTÂNCIAS BRANCAS

Quanto à disponibilidade de recipientes de sal nas mesas dos bares e restaurantes, o aconselhável é que os clientes viessem a ser educados e/ou informados sobre os males que produzem, não só o sal, mas também o açúcar e a cocaína, por exemplo, que formam o "trio assassino" do coração.
 

ADVERTÊNCIA

Antes de PROIBIR, os maus vereadores de Porto Alegre deveriam propor a colocação de mensagens de alerta nas embalagens e/ou recipientes de sal e açúcar, da mesma forma como já são usadas nos maços de cigarro. Dentro do estilo -MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE-.

MENTES DOENTES

Tal providência, correta e muito mais eficaz, pelas inúmeras decisões ridículas que a maioria dos vereadores toma, me parece impossível. Creio que tanto a autora da emenda, vereadora Sofia Cavedon (petista, obviamente) quanto os vereadores que aprovaram a PROIBIÇÃO, estão com suas mentes muito doentes. Seria por excesso de sal, açúcar ou pela outra droga branca???  

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  • Augusto Nunes (Veja)
  • 15 Favereiro 2016

Antes de morarem de graça no Palácio da Alvorada, Lula e Marisa Letícia moraram de graça num apartamento do amigo Roberto Teixeira.

Desde 2011 o casal ocupou 111 vezes, de graça, o sítio em Atibaia que tem como dono oficial Fernando Bittar, amigo e sócio de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.

Amigos empreiteiros doaram ao obediente palestrante o triplex no Guarujá, também reformado de graça pelos parceiros do Petrolão.

O filho Lulinha morou alguns anos num apartamento nos Jardins sem pagar o aluguel avaliado em 12 mil reais. Hoje mora num apartamento em Moema sem pagar o aluguel avaliado em 35 mil reais. Os dois imóveis pertencem ao amigo e sócio Jonas Suassuna.

O caçula Luís Cláudio mora de graça num apartamento nos Jardins cujo dono é o onipresente Roberto Teixeira.

Que Bolsa família, que nada. O mais bem sucedido programa social da era Lula foi feito para garantir a vida mansa de uma só família - a dele. É o Meu Amigo, Meu Abrigo.
 

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  • Ricardo Gustavo Garcia de Mello
  • 15 Favereiro 2016


Os intelectuais têm importância na sociedade; são os responsáveis pela criação, formulação e difusão de ideias que podem vir a ter a força de influenciar as condutas e crenças sociais. Aquilo que acontece na esfera dos intelectuais afeta o funcionamento da sociedade por impactar na formulação da opinião pública sobre os fatos. Por isso que os intelectuais influem no destino não só de grupos políticos, mas de sociedades, nações e até mesmo de civilizações, tendo papeis relevantes até nas relações internacionais, porque a imagem, reputação e influência de uma cultura se dá através da produção intelectual.

E sendo a cultura um elemento de poder identitário no plano local como no internacional, dela participa não apenas os costumes de uma coletividade, mas atores como o governo e a diplomacia, e sobretudo os intelectuais e os meios comunicação que operam como agentes da Diplomacia cultural que tem por objetivo promover os interesses daquela cultura frente as demais, demonstrando que os seus valores particulares podem ser tomados como universais pelas outras culturas.

Por isto que todo cultura enquanto organismo tem a necessidade de auto-conservação para sobreviver e guardar seu patrimônio e de influência internacional para ser reconhecida pelos demais culturas. E os agentes responsáveis por isto são sobretudo os intelectuais.

Como já bem observou Thomas Sowell que “Antes que se possa haver uma defesa nacional, no sentido militar do termo, é preciso que haja algum sentimento sobre a necessidade de se defender a nação num sentido social, cultural ou outro qualquer. A maior parte dos intelectuais modernos raramente contribui para a manutenção desse sentido.” [SOWELL, 2011, p.472]

E é devido a tais caraterística da cultura e da função dos intelectuais que os torna elementos importantes da Segurança, tomada em sentido amplo. Temos que ter em mente que a segurança não se restringe em assegurar a vida do organismo coletivo frente as armas dos inimigos, além disto ela deve abarcar a preservação de tal organismo frente as forças que não são necessariamente militares, mas que também atuam de forma destrutiva. Nos termos da Compreensão de Segurança Nacional do Gen. Aurélio de Lyra Tavares.

Segurança é estado de afirmação e de poder, de invulnerabilidade aos antagonismos de todos os tipos, atuais ou futuros, militares ou não militares, pois é certo, é indiscutível que o destino e a sobrevivência dos povos e das pátrias podem ser ameaçados e podem ser, até mesmo, aniquilados, por forças outras, sem canhões e sem soldados, que atuem sobre o organismo nacional para miná-lo e destruí-lo nos outros sistemas fundamentais que o sustentam, como é o caso do colapso econômico, da subversão social ou da destruição do poder político, sob cuja égide ele se constitui e se orienta” TAVARES, 1962, p. 16]

Exemplo destas forças destrutivas não militares são os influxos ideológicos que podem transformar as contradições em antagonismos inconciliáveis levando uma coletividade a se entredevorar-se. Por isto mesmo que certas ideias formuladas por intelectuais podem vir a ter o impacto subversivo de um projétil quando acerta o alvo desejado, é o caso das ideias que levam a subversão moral da cultura. A subversão moral da cultural é a derrubada por “meios pacíficos” do sistema de valores, regras, Leis e Instituições vigentes de uma dada coletividade, sem o emprego da violência. É por isto que Potências econômicas e militares podem estar vulneráveis intelectualmente no campo da cultura, porque além das armas, existem fatores ideológicos e culturais que convulsionam a soberania. E só os intelectuais atentos aos critérios orgânicos de auto-conservação e influência internacional da sua cultura que podem fazer com que ela resista aos antagonismos e as influências danosas.

É fácil observar, no mundo de hoje, que o país pode ter forças armadas poderosíssimas e estar, a despeito disso, em estado de insegurança, de instabilidade, de desequilíbrio, de vulnerabilidade interna ou externa, tais sejam as condições do organismo nacional, no seu sistema econômico, político ou psicossocial, face à consecução dos objetivos nacionais. Estes englobam a política nacional, isto é, o conjunto de tendências e empreendimentos de ordem social, econômica, militar e psicológica, reciprocamente coerentes e atuantes, a despeito dos interesses contrários, internos e externos, segundo a orientação traçada pela nação, dentro do mundo e do entrechoque de antagonismos que o mantém mais ou menos agitado e convulsionado” [TAVARES,1962, p.27]

Só uma compreensão abrangente da segurança leva a considerar a presença de interesses antagônicos que nem sempre são expressos de modo militar e econômico, mas pela propagando de ideias, ideologias e comunidades intelectuais que agem de forma expansionista. Por isto que a segurança além de dimensões militares, econômicas e políticas, também possui uma importante dimensão cultural que reclama a guarda do seu patrimônio e da sua influência tão necessários para sua soberania.

A influência internacional da cultura judaica é parte constituinte da influência da Civilização Ocidental, sendo uma das condições não só para o sucesso das negociações do Estado Israel, mas também para a existência de uma visão de mundo ocidental dentro do Oriente Médio. E a perda de influência de Israel significa em termos culturalistas a perda de influência do próprio Ocidente.

A expansão do BDS, movimento por Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel no Ocidente, representa o avanço de uma tática não-violenta que pretende destruir intelectual e moralmente Israel através da difamação da sua imagem e desinformação dos conflitos que Israel está envolvido. Esta tática pressiona governos, instituições, acadêmicos e artistas pelo mundo e em especial no Ocidente, a terem um ponto de vista negativo de Israel e por consequência romperem seus vínculos materiais e institucionais com Israel. Usando do engodo discursivo de “defensor dos Direitos Humano”, o que leva a fazer com que muitos defensores sinceros dos Direitos humanos tomem a crítica a Israel apenas como um discurso humanitário e não como discurso interessado.

O documento com os objetivos e procedimento táticos do Movimento BDS (Boicote – Desinvestimento – Sanções) pode ser baixado em PDF pelo site http://www.bdsmovement.net, gerido pelo Comité Nacional Palestino para o BDS. E se pode acessar o documento em PDF traduzido em português pelo Link http://www.mppm-palestina.org/index.php/campanha-bds/91-que-e-movimento-bds no site do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM). Segundo o próprio documento:

Movimento global BDS (Boicote – Desinvestimento – Sanções) é uma plataforma informal de activistas, grupos sociais e organizações que, a nível mundial, coordenam os seus esforços, em resposta ao Apelo lançado pela sociedade civil palestina, para pressionar Israel a cumprir com o Direito Internacional e a Declaração Universal dos Direitos do Homem. [...] Em 9 de Julho de 2005, 171 organizações representativas dos três segmentos integrantes do povo palestino – os refugiados, os habitantes dos territórios ocupados e os palestinos cidadãos de Israel – incluindo partidos políticos, sindicatos, associações, coligações e outras organizações...[p.1] http://www.mppm-palestina.org/index.php/campanha-bds/91-que-e-movimento-bds

O Boicote além de ter uma função econômica e militar ele tem uma função cultural como bem consta o documento:

Embora as campanhas de boicote sejam avaliadas em função do seu impacte económico, o seu sucesso é, também, determinado pela sua capacidade para modificar a opinião e as posições políticas. Uma campanha é avaliada pelo seu impacte económico, pela sua exposição nos meios de comunicação, pela mudança do discurso da opinião pública no que respeita à compreensão da luta do povo palestino e pelo impacte psicológico sobre o ofensor quanto à inaceitabilidade da sua conduta.” [p.3] http://www.mppm-palestina.org/index.php/campanha-bds/91-que-e-movimento-bds

O Boicote: significa a recusa em estabelecer qualquer relação ou manifestação de apoio intelectual a Israel e a cultura judaica com o objetivo de modificar a opinião pública do Ocidente, sobre Israel e o povo judeu. Fabricando assim um consenso negativo da imagem da Israel que opera como um muro de apartheid cultural de tudo que guarda relação com Israel e o povo judeu.

E por isto que o apoio ao BDS e o sentimento de asco que muitos intelectuais que foram privilegiados pela Civilização Ocidental têm de Israel, demonstra que não estimam a sua própria cultura e patrimônio civilizacional, e preferem aceitar qualquer discurso político crítico do status quo com argumentos de cunho passional e relativista que fazem da cultura do Ocidente a “cultura do opressor” e dos demais povos a “cultura do oprimido” do que aceitar a realidade da difícil situação que se encontra o Estado de Israel deis da sua formação.

O assassinato de reputação de Israel feito de modo sistemático por movimentos de difamação intelectual e moral como o BDS (o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções à Israel e a cultura do povo Judeu) demonstra as consequências danosas que o falso humanitarismo do relativismo cultural da esquerda intelectual acarretou ao Ocidente.

Quando a intelectualidade do Ocidente não só se coloca contra o governo de Israel, mas assassinam a reputação da cultura judaica, apoiando um movimento que prega o isolamento não só de Israel mas da cultura judaica, afirmando que com a construção de um muro cultural que aparta Israel do mundo, em especial do Ocidente, julgando apoiar os Direitos Humanos e o Direito Internacional, na verdade estão se colocando contra o próprio Ocidente e contra o Direito de expressão de uma cultura. Por isto que os intelectuais que apoiam o movimento globalista BDS são uma quinta-coluna Antiocidental.

O quinta-colunismo antiocidental da intelectualidade é expresso pela defesa que os intelectuais ocidentais fazem das chamas “culturas oprimidas” em detrimento da própria, isto foi muito bem captado por Thomas Sowell :

Imagens idealizadas de países estrangeiros formam apenas uma das maneiras pelas quais os intelectuais enfraquecem sua própria nação. Também de outras formas, muitos intelectuais erodem e destroem um sentido de valores e de realizações compartilhadas que torna uma nação possível ou um senso de coesão nacional com o qual se possa resistir aos seus inimigos externos e internos. Condenar os inimigos do país seria, para os intelectuais, equiparar-se às massas, mas ao condenarem sua própria sociedade, os intelectuais ungidos tornam-se, no sentido mental e moral, especiais – ao menos diante de seus pares. [SOWELL, 2011, p. 473-4]

O entreguismo mental do nosso relativismo que se expressa como prática de entregar nossos recursos mentais para os mais diversos influxos, se desdobrou num quinta-colunismo intelectual: que é a ação subversiva local feita em função da simpatia que sente pela cultura adversa. 

Apesar do BDS apontar os problemas sociais que decorrem da política de segurança de Israel, que separa ainda mais árabes e judeus, ele omiti que o verdadeiro motivo da construção do Muro de Israel e dos checkpoints, está na necessidade de evitar ataques terrestres de terroristas, assim como seu sistema antimísseis que foi criado para evitar ataques aéreos. Tal sistema de segurança com todos os seus problemas, não tem por base a necessidade de apartar racialmente e economicamente os judeus dos árabes, mas garantir a segurança dos cidadãos Israelenses que são Judeus, árabes, homossexuais, ortodoxos, ateus e cristãos

O ponto crítico ao movimento BDS não está só no clamor por sanções econômicas e políticas à Israel, mas no fato de pregar o Boicote e Sanção cultural a Israel e a cultura judaica que é parte constituinte da civilização Ocidental. Em resposta ao muro criado por Israel, o movimento BDS pretender criar um apartheid cultural contra Israel e a sua cultural, seremos nós intelectuais a argamassa deste empreendimento ou não.

* Sociólogo


Bibliografias:
Documento com os objetivos e procedimento táticos do Movimento BDS http://www.mppm-palestina.org/index.php/campanha-bds/91-que-e-movimento-bds
SOWELL, Thomas. Os intelectuais e a sociedade. São Paulo: É Realizações, 2011.
TAVARES, Aurélio de Lyra. Segurança Nacional, São Paulo, Serviço de publicação da FIESP, 1962.

 

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  • Gilnei Lima
  • 14 Favereiro 2016


Se o juiz Sérgio Moro, comandante da Operação Lava Jato, pretende chegar até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua estratégia para alcançar o objetivo está sendo perfeita.

Ele colocou na cadeia amigos do ex-presidente, jogou o novelo de lã na sala, e está deixando o rato, que pensa ser gato com suas sete vidas, se embaralhar.

Hoje, a equipe de defesa de Lula não faz outra coisa a não ser responder e tentar evitar que ele preste depoimentos que possam comprometê-lo como no caso do Sítio de Atibaia e do Triplex na praia. Moro, em silêncio, está chegando perto e se “pegar” o ex-presidente, vai faltar espaço na cadeia da Polícia Federal em Curitiba.

O efeito dominó derrubará meio Congresso Nacional e a Operação Lava Jato, enfim, mostrará à população que vale a pena investir em ações para combater a corrupção no Brasil que roubou os sonhos da juventude, o remédio dos doentes e a comida dos mais pobres, além de começar a roubar os empregos de todos.

São mais de R$ 200 bilhões por ano, desviados pela corrupção.

Em editorial, o Estadão diz que Lula passa a ser um peso para o PT.

Leia: “Há quem diga que o maior problema do PT é o governo que reelegeu em outubro de 2014.”

Não é mais.

Os petistas já desistiram de Dilma Rousseff. Mantêm as aparências, até porque ninguém lá quer abrir mão das boquinhas conquistadas. Mas o PT deixou de ser o partido do governo a partir do instante em que recusou apoio a medidas consideradas essenciais pelo Planalto para enfrentar a crise econômica. A conclusão do processo de ajuste fiscal e a reforma da Previdência são dois exemplos relevantes.

Ao deixar Dilma ao relento, o PT contava com o bônus Lula. Mas o bônus virou ônus. Hoje, o PT é obrigado a carregar o peso político e moral em que se transformou o seu principal líder: Luiz Inácio Lula da Silva.

A concretização daquilo que todo mundo sempre soube que mais cedo ou mais tarde aconteceria – o envolvimento cada vez maior e mais profundo de Lula nas investigações de corrupção – obriga o PT a defender o seu cacique a qualquer custo. O articulador formal dessa ingrata missão é um pau-mandado de Lula, o presidente nacional do PT, Rui Falcão. Na segunda-feira passada, ele divulgou uma das peças fundamentais de sua estratégia no site “Agência PT de Notícias”.

O texto é uma impressionante peça de ficção que começa fazendo aquilo em que o PT é insuperável: atacar.

Escreve Rui Falcão: “Nunca antes neste país um ex-presidente da República foi tão caluniado, difamado, injuriado como o companheiro Lula. Inconformado com sua aprovação inédita ao deixar o governo, o consórcio entre a oposição reacionária, a mídia monopolizada e setores do aparelho de Estado capturados pela direita quer convertê-lo em vilão”.

Lula deixou o governo com uma aprovação inédita, há mais de cinco anos. Desde então, seu prestígio despencou, junto com o de Dilma e o do PT, e não foi por culpa da “oposição reacionária”, da “mídia monopolizada” – seja lá que bobagem se pretenda dizer com isso – ou de “setores do aparelho de Estado capturados pela direita”. Faltou coragem a Falcão para nomear claramente os “capturados”: a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e setores do Judiciário, como a 13.ª Vara Criminal Federal, do juiz Sergio Moro.

O grande lance de ilusionismo de Falcão, porém, é a tentativa de apagar da memória dos brasileiros cinco anos de governo Dilma, o que, por si só, deixa claro que o PT abandonou de vez a soçobrante nau governista. Agora, aposta no futuro: “O legado de realizações a favor dos mais pobres, a elevação do Brasil no cenário mundial, os sucessos na educação, na saúde, nos programas sociais, na área da infraestrutura, em seus oito anos na Presidência, precisa ser destruído para que Lula não possa retornar em 2018”.

Ora, o “legado de realizações” já está sendo destruído. São as realizações que, na verdade, Lula herdou, ampliou e aprofundou, só negligenciando a necessidade de dar-lhes sustentabilidade na área econômica e institucional por meio de reformas estruturantes do Estado. A destruição desse legado, de que os indicadores econômicos e sociais dão notícia diariamente, é a obra-prima de Dilma Rousseff. Não é por outra razão que o PT quer distância dela.

Se tivesse realmente um mínimo de comprometimento com o verdadeiro interesse social, o PT teria tido a coragem de apoiar as medidas impopulares indispensáveis ao saneamento das contas públicas e à criação de condições para que o governo assuma a responsabilidade não de impor, mas de coordenar um amplo e eficiente programa de recuperação econômica e retomada do crescimento.

Mas o PT acha que pode se salvar, como sempre, iludindo os brasileiros, agora combatendo “a escalada golpista” e o “cerco criminoso ao Lula”. Este, aliás, está envolvido em novo inquérito policial, de caráter sigiloso, no âmbito da Operação Lava Jato, a respeito do já famoso sítio em Atibaia que amigos generosos e desinteressados “disponibilizam” para recreio do clã Da Silva. O “criminoso” responsável por mais esse ato de “linchamento político e moral” de Lula, baseado em “denúncias sem provas”, é, claro, o juiz Sergio Moro.

*jornalista
 

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  • Pe. Cleber Eduardo dos Santos Dias
  • 14 Favereiro 2016

 

Um texto longo, mas necessário. Peço que ninguém o mutile, nem o altere:Algumas notas sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016: “Casa comum nossa responsabilidade”. (Pe Cleber, a propósito deste texto).

  • Este texto está assegurado pela a Constituição Federal, Artigo 5º ” IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; ” e também pelo Código de Direito Canônico, cânon 212 § 2: “Os fiéis têm o direito de manifestar aos Pastores da Igreja as próprias necessidades, principalmente espirituais, e os próprios anseios.” e § 3: “De acordo com a ciência, a competência e o prestígio de que gozam, tem o direito e, às vezes, até o dever de manifestar aos Pastores sagrados a própria opinião sobre o que afeta o bem da Igreja e, ressalvando a integridade da fé e dos costumes e a reverência para com os Pastores, e levando em conta a utilidade comum e a dignidade das pessoas, dêem a conhecer essa sua opinião também aos outros fiéis.”

Portanto, escrevo aos leitores, certo de que entre eles, alguns de nossos bispos também o lerão. Já aviso de antemão que qualquer comentário pejorativo aos Senhores Bispos será sumariamente apagado, não porque alguns não o mereçam, mas porque o meu perfil não é um lugar para bate-bocas de comadres de vila. Uma coisa é discordar, outra fazer estrepolias de moleques. Quem discorda do que escrevo ou vê de forma diferente tenha a hombridade de o fazê-lo dentro da educação e polidez de gente civilizada e de usar seu nome próprio. Se discorda, coloque seus argumentos e iniciemos um debate.

Centenas de católicos escrevem-me diariamente sobre sua inquietação e perplexidade com mais uma Campanha da Fraternidade (CF). Discutir saneamento básico, esgoto e políticas da água dentro das igrejas parece-lhes – e parece-me – totalmente fora da realidade. Dentre as dezenas de razões para o rechaço a mais ouvida é que a CF tem o intuito de desviar o espírito da Quaresma para ocupar cátedras e púlpitos para uma pregação meramente social e política, quase sempre alinhada ao bom-mocismo do politicamente correto transformando a Igreja Católica em mais um ONG “engajada”. Atitude esta condenada pelo Papa Francisco….

Dizem os perplexos e inquietos que, para os promotores da CF 2016, é mais importante discutir sobre esgoto e água que tratar sobre a proteção da vida nascente e o pecado hediondo do aborto, mais importante cuidar do córrego sujo que do manancial de sangue dos milhares de cristãos, católicos ou não, perseguidos não só na Síria pelos muçulmanos, mais importante que banir e entregar à justiça canônica e civil sacerdotes pedófilos, mais importante que cuidar dos inúmeros casos e denúncias sobre a péssima formação sacerdotal e a corrompida doutrina instilada nalguns seminários e servida à mão-cheia nos púlpitos, mais importante que suspender sacerdotes que não temem desfilar com bandeiras partidárias e bonezinhos de sindicatos, partidos políticos e do MST, mais importante que se levantar contra a eugenia que se instala contra os prováveis e futuros microcéfalos, mais importante que limpar e sanear a PJ de todo a doutrina marxista que está às claras.

Quando um padre se levanta contra estas questões candentes ele é tachado de “não está em comunhão com a Igreja” ou, “não está em comunhão com a Diocese” ou “não está em comunhão com o presbitério”. Conversa fiada de que detêm o poder, mas não detêm a razão. Senhores… o mal e o pecado continuam ser mal e pecado mesmo que todos digam que não.

O que ocorre com tal padre, na melhor das hipóteses é ostracizado pelos colegas, na pior é suspenso do uso de ordens. VEREMOS o que lá vem para mim. Só não sei porque tantas pessoas falam dos padres e bispos bons que se calam… terão medo de quais represálias os assim chamados “bons” bispos? A não promoção à uma diocese “melhor”, à não promoção a algum arcebispado, um título cardinalício? Consultando minha consciência e os ditames da Santa Igreja a quem sirvo vejo-me na obrigação de esclarecer aos fiéis algumas coisas:

– Há uma dezena de anos atrás constatou-se que quem comandava as cordinhas da CNBB eram seus assessores, todos sem exceção alinhados ao socialismo- comuno-psolista-petista.

– Nos dias atuais já não se pode culpar os assessores uma vez que, com a clareza do sol do meio dia, até um cego vê o alinhamento majoritário dos bispos a todo esquerdismo militante. Basta recordar o episódio no ano de 2014 da morte do líder do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, pranteado na página da CNBB pelo então Secretário Geral da CNBB, Dom Leonardo U. Steiner, como “Exemplo de cristão na política”. Para quem acompanhou o desenrolar do caso nas redes sociais viu as milhares de mensagens condenando tal pranto por defunto tão vil.

Era muita vela pra pouco defunto. Plínio de Arruda Sampaio era defensor aguerrido do Aborto, do coletivismo, do estatismo comunista e de todas as mazelas intrínsecas ao comunismo já condenado pela Igreja. Para Dom Steiner era um modelo de cristão. Para os demais bispos… ficaram todos caladinhos e acovardados ou compactuaram com o cristianíssimo Dom Steiner, cuja noção de cristão deve ser algo sui generis. Dom Steiner, como todo bom democrata socialista mandou apagar das redes sociais todos as centenas de comentários que o denunciavam….A título de exemplo, a nota pranteadora de Dom Steiner ainda está lá no site da CNBB, limpinha de comentários (http://www.cnbb.org.br/index.php…).

Em a grande maioria das paróquias os católicos ouvirão disparates na Oração dos Fiéis como: “Rezemos para que o poder público dê os devidos cuidados ao saneamento… etc… etc”. Ora, ora, ora…os dirigentes da CNBB sabem muito bem que os atuais mandatários e a mandatária maior do país só foi eleita com sua ajuda…. se não se recordam, refresco-lhes a memória… quando da necessidade da fundação do partido no poder usou-se o povo católico como massa de manobra para colher assinaturas, sabem muito bem que têm um canal privilegiado junto ao famoso Gilberto de Carvalho direto com a Presidência da República, vulgo “seminarista”. Bastaria agora, na questão do saneamento público, do acesso à agua, da situação calamitosa e indigna dos hospitais e da roubalheira generalizada, colher assinaturas citando e cobrando quais inicitivas e entregar aos poderes públicos. Não creio que um só católico que seja não aceitaria assinar. o próprio volume de assinaturas poderia ser levado ao Congresso para propor e agilizar pautas verdadeiramente sociais.

Quando foi pra conseguir assinaturas para a Reforma Política proposta por entidades de esquerda e ONGS esquerdistas patrocinadas com dinheiro público a CNBB não teve vergonha nenhuma de fazer correr nas paróquias as listas para as assinatura e em quantas missas os senhores párocos fizeram verdadeira campanha pela tal Reforma Política. Baste o gesto lacaio e subserviente da visita da presidência da CNBB à Presidente num sinal de “estamos juntos, companheira!”. Da mesma CNBB não se vê uma linha de apóio explícto ao Judiciário que tenta desmantelar a quadrilha que se instalou e só lá está por apoio implícito e explícito de tal entidade.

Voltemos ao nosso… quais os limites da acção da CNBB e de aceitação da CF?
Recordo a todos que:

1) A CF é uma iniciativa anual da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB).

2) A CNBB como qualquer Conferência de Bispos no mundo inteiro não é orgão da Igreja Católica, não a dirige. Os dirigentes da Igreja Católica são respectivamente cada um dos Bispos diocesanos em suas dioceses. O Arcebispo Primaz do Brasil que é o Arcebispo de São Salvador da Bahia detêm o título honorífico e pode sim convocar um Concílio Plenário para sanar as mazelas, incluindo as da CNBB. Em cada Província Eclesiástica o arcebispo detêm o poder de convocar os bispos das dioceses sufragâneas e presidir o Concílio Regional para sanar as mazelas locais. Por os senhores Primazes e Arcebispos faltarem com seu papel é que a CNBB tomou para si suas funções.

3) A CF é uma proposta, não uma imposição. Para que algo que ela tenha decidido se torne obrigatório a todos os católicos é necessário que todos estes pontos sejam observados:

a) Aconteça uma Assembléia Geral na qual a questão é decidida e não seja a decisão de uma comissão delegada,
b) haja o consentimento de todos os bispos (não tem nenhum valor a decisão de uma comissão ou de um grupo restrito,
c) seja redigida uma Ata na qual conste o conteúdo e o consentimento de todos os bispos,
d) Tal Ata seja enviada ao Papa que a aprova ou não,
e) Somente então a decisão passa ter valor de lei.

4) Portanto nenhum presbítero (padre), diácono, leigo e até mesmo bispo, se não concorda, tem de dar seu assentimento e implantação em sua paróquia ou diocese da CF se antes ela não seguiu os trâmites para se tornar lei geral e comum. E isto não significa que não se está em comunhão com a Igreja, apenas que não se concorda com uma proposta da CNBB que é um orgão de reunião de bispos, não da Igreja.

5) Minha opinião particular, resguarda pela Constituição Federal e pelo Código de Direito canônico: Qualquer bispo com o mínimo de noção e conhecimento deveria dizer “aqui em minha diocese não haverá CF este ano”. Qualquer padre, com as mesmas condições, também. Os leigos já não suportam mais tal situação e dizem: “CNBB: Devolva-nos a nossa Quaresma”. Se os pastores não ouvem e não cuidam do rebanho vão acabar por perdê-lo… CNBB..Senhores Bispos, Senhores padres… não dá mais! Até quando irão tapar o sol com a peneira? Até quando iremos fazer de conta que a CF está aí e só afasta cada vez mais os fiéis? Vamos ficar ainda mais em cima do muro? Digamos as coisas às claras, sejamos homens não subservientes e rastejantes ao erro.

6) Os católicos deveriam também pedir uma auditoria de todas as entradas financeiras às coletas nacionais e, maximamente, do chamado Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) cujos próprios relatórios demonstram que o dinheiro dos fiéis, salvo honrosas e diminutas somas, é injetado em ONGs e sindicatos. Não se trata de algo interno, o FNS recebe uma contrapartida do BNDES… portanto passível de uma séria investigação do Ministério Público.

7) Por último, cuidar sim da nossa casa comum, cuidar do meio ambiente, sim, lutar por vida digna e qualidade de vida dos mais pobres, sim; mas não antepôr questões temporais àquelas que dizem respeito à salvação. A figura deste mundo passa (1Cor 7, 31) e o que vale ao homem ganhar o mundo e perder a sua vida? (Marcos 8, 36). Não devemos nos conformar com este mundo, mas renovarmo-nos pela conversão a Deus e não às criaturas (Romanos 12, 2), pois são os pagãos que se preocupam com as coisas deste mundo: ” Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso.” (Mateus 6, 31-32)

Padre Cléber
Fonte: http://fratresinunum.com/2016/02/12/campanha-da-fraternidade-um-desabafo-sacerdotal/
 

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