• Alex Pipkin, PhD
  • 13/06/2024
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Políticas bom-mocistas e a involução para todos

 

Alex Pipkin, PhD
       Os indivíduos não precisam de babás, tampouco de muletas. Simples assim! Elas possuem condições próprias de refletir sobre suas decisões e ações.

Verdadeiramente, os indivíduos somente são livres quando são eles próprios responsáveis por suas decisões. Lamentavelmente, já que o progresso não é um processo inevitável, a civilização dá notórios passos para trás. A sanha coletivista, aquela do Estado do bem-estar social, invertendo os essenciais incentivos institucionais, promove e impulsiona os vícios da dependência em detrimento das virtudes do êxito individual, e por via de consequência, de todos.

Políticas intervencionistas ao extremo, nacional-desenvolvimentistas e protecionistas, que comprovadamente são ineficientes, comprometem-se em assegurar a “vida boa” para a população, em especial, aos descamisados, porém, ao cabo, trazem a ruína para esses e para todo um tecido social. Compulsoriamente, e de maneira coercitiva, todos são forçados a se associar com um Estado grande, populista e incompetente.

Governos centralizadores, desqualificados e, muitas vezes, tirânicos, arrogam-se o direito de dirigir e de interferir nas vidas, nas decisões e nos planos de vida de cidadãos possuidores de objetivos individuais bastante diversos e distintos. Nosso “contrato social implícito”, tem sido absurda e abusivamente usurpado.

De forma geral, uma pessoa trabalha mais de cinco meses para “contribuir” com sua cota, sangue, suor e lágrimas, para o sócio incompetente Estado. Impostos escorchantes alimentam literalmente - com lagostas e vinhos finos - uma deslite estatal e política, que vive de forma suntuosa, e que entrega migalhas a população, na forma de serviços públicos de péssima qualidade, e de programas sociais censuráveis e contraproducentes.

Tal “sociedade” só agrega benefícios para a conhecida deslite, prejudicando o povaréu, inclusive aqueles iludidos com as tais “bolsas-tudo”, retirando a responsabilidade individual, a renda, e o progresso econômico e social de todos. O corolário desse Estado gigantesco e bondoso é, sem dúvidas, decrescimento e/ou crescimento lento, o esfacelamento das virtudes humanas, e a dependência e a escravidão popular.

Ao invés de intervir nos mercados, de maneira completamente irresponsável e equivocada, o objetivo do governo deveria ser a preservação das liberdades individuais e econômicas, deixando a liderança da economia para o setor privado, e a prestação de serviços públicos de qualidade assegurada. Acima de tudo, esse sócio indesejado, teria que abandonar a sua usual prática de extorsão tributária, deixando com que os próprios indivíduos, com mais recursos em seus bolsos, pudessem decidir sobre seus próprios destinos.

“Dai a César o que é de César”, ou seja, todos comprimindo com as suas obrigações, desde que essas sejam racionais e justas, mas, objetivamente, sendo recompensados pelos frutos do seu próprio trabalho e esforço, sem serem coercitivamente roubados por governantes e agentes estatais ineptos, demagogos e incompetentes.

Os incentivos institucionais deveriam fomentar os valores virtuosos, do trabalho, da ética, da autoestima, do esforço e do desenvolvimento individual. De forma inequívoca, o Estado mastodôntico é uma névoa desprovida de contornos claros, que ludibria os incautos quanto a sua competência para “salvar” a vida das pessoas, especialmente a dos mais pobres. Quanto maior a incompreensão do embuste, maior é o tamanho do Estado incompetente.

Não se precisa de babás, muletas e/ou bengalas, seja lá o que for. Tudo que o governo dá com uma mão, ele já retirou dos cidadãos com as “duas mãos e suas garras afiadas”. Desafortunadamente, o período é de retrocessos, civilizatórios e morais. A mentira e a imprudência reinam, livres, leves e bem soltas.

Os artífices da armadilha do Estado grande não demonstram quaisquer tipos de constrangimento em adotar políticas intervencionistas e lesivas ao desenvolvimento individual. Políticas demagógicas e contraproducentes atropelam a natureza humana e o respeito pelas liberdades, e pelas consequentes escolhas que os indivíduos devem realizar por conta própria. Essas destroem uma cultura saudável.

Sem liberdades, individual e econômica, desrespeitam-se a agência moral, a responsabilidade individual, e os relacionamentos voluntários e colaborativos nos mercados. Não são só as pessoas que são escravizadas nesse tenebroso processo. Perdem todos. Perdem a civilização e o genuíno desenvolvimento econômico e social de e para todos.