• Alex Pipkin, PhD
  • 21/06/2024
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Os grandes perdedores


Alex Pipkin, PhD

        A ação mais trivial, embora surpreendentemente incomum nos negócios, é se colocar no lugar do cliente e enxergar tudo que uma empresa faz através dos olhos dele.

Em um ambiente cada vez mais turbulento, os empreendedores inovadores são capazes de identificar as tendências comportamentais e competitivas, a fim de materializar eventuais oportunidades de negócios em produtos e/ou serviços específicos para resolver os problemas dos consumidores/clientes. O foco, objetivamente, deve sempre estar nas necessidades e desejos - em especial, os não atendidos - dos consumidores.

O consumidor/cliente é, de fato, o soberano! Tenho aludido o câncer do intervencionismo estatal relacionado às políticas econômicas que criam benefícios concentrados somente para alguns “empresários”, os amigos do rei e de outros agentes estatais. Tais “empresários” não estão factualmente preocupados com as necessidades e os desejos dos consumidores, e com as respectivas condições competitivas nos mercados em que atuam. Desnecessário.

Como esses recebem as benesses do governo, além de eliminar a vital competição empresarial, ao cabo, reduzem a criação de valor. Esses produzem e ofertam produtos de pior qualidade e, evidente, aumentam os preços de produtos e de serviços nos mercados. O resultado disso, não há dúvidas, é a pauperização dos mercados e do nível de satisfação dos consumidores. Qualquer semelhança com a situação verde-amarela não é mera coincidência.

O intervencionismo abusivo do governo nos mercados, com seus regulamentos e normas asfixiantes, e com a alta tributação injusta, acaba por afastar os empreendedores inovadores dos negócios. Esses são essenciais para a geração de um ambiente competitivo e inovador, já que estão dispostos a inovar, sendo capazes de detectar e de avaliar as mudanças antes que essas se tornem óbvias para todos. Tais empreendedores são danosamente desestimulados a operar nos diversos e distintos mercados.

Quem perde com tal circunstância? Perdem todos os consumidores, que são obrigados a comprar um pacote de valor desprovido das reais soluções para seus efetivos problemas e aspirações.

Mas não há nada que não possa ficar ainda pior: os mercados empobrecem e os consumidores tupiniquins se condicionam ao consumo de piores produtos e de serviços com preços mais altos. Estabelece-se aí o círculo vicioso da mediocridade que assola os brasileiros de todas as matizes.

Muito se alude a tal “justiça social”, que agita fervorosamente os justiceiros sociais, os grandes sinalizadores de virtude. Claro que sabemos que isso não passa de encenações do teatro dantesco das mentes e das performances coletivistas.

A verdade nua e crua, é que esta genuína injustiça social é operada pelo Estado, que retira os recursos dos bolsos dos mais pobres, que são obrigados a gastar mais em produtos e serviços de menor qualidade. Simples.

Esse país é o que é em função de governos populistas e incompetentes, que se locupletam em detrimento do real desenvolvimento popular, mancomunando-se com “empresários” que não possuem nenhuma empatia e/ou preocupação com os problemas dos consumidores.

A conta sempre chega e é imposta aos consumidores brasileiros. Os custos de produção aumentam, as inovações paralisam, os preços de produtos e de serviços sobem, e a mediocridade formatada em pior qualidade ofertada abunda.

São esses desgovernos os que produzem injustiça social, arrancam empreendedores inovadores dos negócios e, principalmente, arruínam o valor e a satisfação do soberano consumidor.

Pobre Brasil!