• 08/12/2022
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Historiador Thomas Giulliano censurado no Instagram

Assim ele narra o ocorrido:

Fui censurado!

Mais uma vez. Sim, mais uma vez, ou vocês acham que ser o escritor do Desconstruindo Paulo Freire é sinônimo de incomodar pouca gente?

Por aqui, há calo no lombo. Gritar trincheira não é só replicar o meu herói Hemingway, mas um estado de vida. Somos os novos punks.

Vejam isso, pessoal: eu e minha equipe, por meses, elaboramos a divulgação do meu novo curso A Era Vargas: o Brasil que não morreu - que vocês podem se inscrever no link disponível aqui no perfil. Meses! Não sou o sujeito que ejacula cursos, mas o professor que tem um cronograma estruturado de temas para os meus próximos anos. Posso não estar vivo, mas a organização existe. Então, hoje, sim, fui muito prejudicado, afinal, no momento da live inaugural, fui informado que estou bloqueado. Exatamente no momento! Todo um planejamento jogado pelo ralo em instantes. Segundos. Fiz o que pude para remendar o ferimento. Houve triunfo, mas com danos.

Faço o que posso diante dessa banalização do mal: ministro aulas gratuitas, restauro patrimônios, edito livros e tento montar cursos acessíveis financeiramente. Tudo isso pouco importa pois sou o vilão antidemocrático.

Hoje, fui muito prejudicado por uma plataforma que, na relação profissional que estabeleço com ela, não poderia ter feito isso. Vivemos em tempos de Guerra cultural. De um lado, o establishment nas suas variadas formas. De outro, uma resistência, quase mínima e que faço parte, formada por historiadores que romperam com a bovinagem.

De um modo muito pessoal eu peço: esteja comigo nesse novo curso. Vivemos o efeito do que Vargas semeou, e você precisa saber disso.

Obrigado aos que estiveram comigo.

Hoje a trincheira foi testada. Que Osório nos ajude.

Comento

Conheço o historiador Thomas Giulliano desde seus tempos de estudante. É um desses casos em que o sucesso é arrancado desde o âmago do ser humano, num contexto de severas dificuldades, com muito suor, chuva e sol no lombo, pestana queimada em livros, e livros, mais e mais livros que se erguem em pilhas porque não há espaço na horizontal.

Assim nasceu um historiador cujo trabalho é produto simbiótico de sua fé no que faz e de sua fé em Deus; historiador que ajuda a fazer a história de seu tempo sobre a análise constante dos fatos e a repetitiva coreografia dos atores.

De uns tempos para cá, a censura política (seja a oficial, seja a das plataformas) foi se tornando mais e mais ideológica. Formas refinadas de censura são fascismo, sejam de que cor forem.

Meus leitores certamente conhecem Thomas Giulliano através de suas participações em produções do Brasil Paralelo. Conheçam-no, também, através do seu site e dos seus cursos em www.thomasgiulliano.com.br.