FUMACÊ COM AVIAÇÃO AGRÍCOLA É ALTERNATIVA PARA COMBATER MOSQUITO DA DENGUE
Fonte: Oeste Mais
Proposta é que aviões usados para pulverizar defensivos agrícolas sejam utilizados para fazer o fumacê aéreo nas cidades.
O combate ao mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, zika vírus e chikungunya, pode ter a aviação agrícola como aliada. A proposta elaborada pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e encaminhada ao Ministério da Saúde (MS) pelo deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC) prevê que aviões usados para pulverizar defensivos agrícolas sejam utilizados para fazer o fumacê aéreo nas cidades.
Colatto, que é engenheiro agrônomo, recebeu a visita dos técnicos do Sindag e do também assessor técnico Eduardo Cordeiro de Araújo em dezembro de 2015, quando levou a proposta ao Ministério da Saúde. Porém, ainda aguarda posicionamento. “Inseto se combate com inseticida e o mosquito é inseto e não é vírus”, destaca.
Segundo ele, oferece-se a aviação agrícola e os defensivos agrícolas para combater o mosquito da dengue no país. “É a agricultura trazendo uma alternativa para salvar o Brasil da dengue”, destacou o parlamentar em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados na terça-feira, dia 3, à espera de um retorno do MS.
Nesta semana o governo editou uma medida provisória (MP) que reforça o combate ao mosquito Aedes aegypti. Como forma de viabilizar o fumacê por via aérea, o deputado Valdir Colatto apresentou emenda à MP, que inclui a aplicação de inseticidas por meio de aeronaves dentre as formas de ação.
A ideia é aplicar pelo ar o mesmo inseticida hoje usado em terra nos chamados fumacês. “A vantagem da aplicação aérea é a possibilidade de atingir fundos de terrenos baldios e áreas longes do alcance das caminhonetes e equipes que hoje visitam e aplicam os produtos”, explica o deputado Colatto.
Histórico
O uso de aviões para combate a mosquitos é comum nos Estados Unidos e em diversos países da América Latina, como o México. No Brasil a técnica também já foi utilizada. Em 1975, os aviões agrícolas foram responsáveis pela eliminação dos focos de mosquitos culex na região da Baixada Santista, em São Paulo. Na época, com três aplicações em quatro semanas, a estratégia acabou com um surto de encefalite que assolava municípios como Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.